Alckmin inova na Educação cortando verba para material escolar e eliminando orientadores

geraldo_alckmin_28Curto-circuito – Que Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, é acometido em vários momentos por pasmaceira política todos sabem, mas irresponsabilidade contínua é novidade. Como se o Brasil fosse reduto de educação de excelência e o mais importante estado da federação um oásis de ensino público de qualidade, o governo paulista resolveu caminhar na contramão da lógica e reduziu o volume de recursos que as escolas usam na aquisição de materiais, além de cortar coordenadores pedagógicos em unidades com notas baixas.

Diretores e professores de escolas públicas em quatro regiões do Estado (centro e sul da capital, Limeira e Sorocaba) afirmam que o corte na verba tem levado à falta de suprimentos para os alunos, como papel higiênico, cartolina e tinta. Além da redução dos valores, as escolas ficaram três meses sem o recurso (novembro a janeiro).
De acordo com os servidores, o pagamento dos recursos foi retomado, mas os valores estão de 30% a 50% menores. Em algumas escolas públicas do estado de São Paulo a situação é tão crítica, que professores decidiram fazer uma “vaquinha” para suprir as necessidades básicas dos alunos.

Questionada, a Secretaria Estadual da Educação informou que a redução nos recursos foi provocada pelo não uso de parte do dinheiro. Ora, se a secretaria em questão é da Educação, como imagina-se que seja, que seu responsável ensine os educadores a fazer bom uso do dinheiro público destinado ao setor.

Reeleito, Alckmin, ao assumir o novo mandato, anunciou o congelamento de 3% do orçamento paulista, sob a alegação de que há no horizonte uma previsão de baixa arrecadação tributária. Em tempos de escassez de recursos a saída é economizar, mas no caso do governo é preciso priorizar a destinação do dinheiro do contribuinte, que há muito não tem a contrapartida devida por parte do Estado.

No momento em que um governante autoriza cortes orçamentários na educação, fica claro que sua visão é míope e só consegue focar o presente, deixando o futuro à própria sorte. Uma nação que pretende sair do atoleiro da crise generalizada, como a que sacode o Brasil, precisa dar prioridade à educação, sem descuidar de outros setores importantes, pois o amanhã depende da educação que hoje está ao alcance dos cidadãos.

O Brasil é um país onde sobram analfabetos úteis, sem contar os ignorantes persistentes, situação que deve perdurar no embalo da teoria burra de que estudar deixou de ser importante depois que um apedeuta como Lula chegou ao governo central.

Monteiro Lobato, certa feita, “um país se faz com homens e livros”, mas o Brasil não deve se espelhar nessa profecia do reconhecido escritor, até porque por aqui sobram homens desonrados e faltam livros. Lembrando que a ignorância do povo é o atalho mais curto para regimes totalitaristas, de esquerda ou de direita.

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