Preocupada com a crise política, Dilma Rousseff usou os dois aviões presidenciais para viajar a SP

dilma_rousseff_493Contra a maré – A crise institucional que chacoalha o governo de Dilma Vana Rousseff é muito maior do que imaginam os brasileiros. Na quinta-feira (12), a presidente da República desembarcou em São Paulo para exames de rotina, mas sua agenda oficial trazia apenas um compromisso: encontro com o antecessor, o agora lobista de empreiteira Luiz Inácio da Silva.

Dilma chegou ao Palácio do Planalto e foi reeleita porque passa longe da ingenuidade. De tal modo, sabe que Lula, nos bastidores, trabalha contra o atual governo, pois só assim conseguirá, em 2018, vender a ideia de que é a solução derradeira para os problemas do universo, a exemplo do que fez em 2002, quando foi eleito presidente da República.

Os desdobramentos do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história, e a crise econômica que só cresce serviram de motivo para Dilma recorrer a Lula. Isso mostra que a presidente está perdida, ao mesmo tempo em que explica seu inexplicável sumiço desde o início do novo mandato, em 1º de janeiro.

O desespero que impera no Palácio do Planalto é tão devastador, que Dilma confiou ao antecessor a missão de negociar, nas coxias do poder, com alguns partidos da chamada base aliada, que decidiram se rebelar contra o governo petista. Um dos partidos que entram na mira do ex-metalúrgico é o PMDB, que nesta semana anunciou decisão de manter, no Congresso Nacional, postura de independência em relação ao Planalto.

Considerando que na Câmara dos Deputados o presidente é Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a situação política de Dilma pode piorar ainda mais. Além disso, para piorar o cenário, a tentativa do ministro Gilberto Kassab (Cidades), presidente nacional do PSD, de ressuscitar o Partido Liberal fracassou, farto que escurece o horizonte político de Dilma.

A preocupação de Dilma Rousseff em relação ao futuro do governo é tamanha, que a presidente viajou para São Paulo com um número elevado de assessores, a ponto de os dois aviões da Presidência da República rumarem para a capital paulista. Estacionados em uma das pontas do aeroporto de Congonhas, os aviões presidenciais tinham como companhia dois helicópteros da Presidência. Tudo financiado com o suado dinheiro do contribuinte, que continua pagando impostos elevados, sem a devida contrapartida por parte do governo.

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