Ao prever alta da inflação e retração da economia em 2015, mercado reforça cenário de crise

crise_23Apertem o cinto – Enquanto a presidente Dilma Vana Rousseff descansava na Bahia e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentava “vender” a executivos norte-americanos, em Washington, a ideia do ajuste fiscal, o Banco Central do Brasil compilava as projeções do mercado financeiro para a economia verde-loura.

Diferentemente do que anunciou a equipe econômica do governo, liderada por Levy, a economia brasileira continua descendo a ladeira, como mostra o Boletim Focus, do Banco Central. Divulgado às segundas-feiras, o boletim foi disponibilizado nesta quarta-feira de Cinzas por conta do período momesco. Consultados pelo Banco Central, os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País elevaram a previsão de inflação para 2015, que saltou de 7,15%, há uma semana, para 7,27%. Isso mostra que o mercado continua desconfiando das promessas do desgoverno do PT.

A situação piora quando analisada a previsão dos especialistas para o Produto Interno Bruto. De acordo com os profissionais consultados pelo BC, a economia nacional terá crescimento de -0,42%, ou seja, o caos será ainda maior. Há uma semana, a expectativa de crescimento do PIB neste ano estava em 0%.

Para completar a tragédia patrocinada pela incompetência que marca a administração da “companheira” Dilma Rousseff, a produção industrial brasileira acompanha o movimento do PIB e deve encerrar o ano com -0,43% de crescimento. Há uma semana, a projeção de crescimento da produção industrial estava em 0,44%. Isso prova que o UCHO.INFO acertou quando, em meados de 2005, alertou o Palácio do Planalto sobre os primeiros passos de um processo de desindustrialização que começava a ameaçar o setor produtivo nacional. Na ocasião, preocupados em tirar o então presidente Lula do furacão em que se transformou o mensalão do PT, os palacianos ignoraram o nosso alerta.

Nos últimos quatro anos, o governo federal apostou na desvalorização do dólar frente ao real como forma de ajudar no combate à inflação, que cresceu no rastro da decisão irresponsável do Palácio do Planalto de arremessar a população na vala do consumismo, movimento que teve início em dezembro de 2008 com os apelos irracionais de Lula, que à época tentou evitar os efeitos colaterais da crise internacional, que ele próprio chamou de “marolinha”.

Para provar que a tal “marolinha” era um tsunami travestido, os economistas apostam que a moeda norte-americana deve chegar ao final de 2015 valendo R$ 2,90, cotação que dificulta sobremaneira a vida do brasileiro, uma vez que para atender a demanda interna o governo tem se valido dos produtos importados. No contraponto, a valorização do dólar deveria, em tese, favorecer o setor de exportações, mas esse cenário pode não se confirmar em função do chamado “Custo Brasil”, cada vez mais absurdo.

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