EUA reforçam segurança após ameaça de atentados em shopping centers

(Feisal Omar - Reuters)
(Feisal Omar – Reuters)
Reforço extra – Ministro da Segurança Interior dos Estados Unidos, Jeh Johnson pediu prudência aos consumidores depois que a organização jihadista Shebab, braço da Al-Qaeda na Somália, divulgou vídeo ameaçando promover ataques em grandes centros comerciais. Nas imagens, um homem mascarado pede que os militantes da organização repitam no ocidente o ataque ao Mall Westgate, que matou 67 pessoas e feriu mais de 175, em setembro de 2013, na capital queniana, Nairóbi.

Divulgado nos idiomas inglês e árabe, o vídeo de 66 minutos cita nominalmente o Mall of America, maior shopping center do mundo, além do Forum des Halles e do Quatre Temps, estes dois últimos em Paris. As ameaças também se estendem a Inglaterra e Canadá. No Twitter, um porta-voz da organização afirma que Westgate foi “uma gota no oceano” e que a guerra mal começou.

Competição entre terroristas

Apesar do aviso aos consumidores, Jeh Johnson disse suspeitar que as organizações terroristas estejam imersas em uma “competição midiática”, por conta da grande atenção reservada nos últimos tempos ao grupo Estado Islâmico.

Johnson evoca as tragédias recentes de Paris e Otawa para afirmar que outra característica desta nova etapa do terrorismo é o fato de que os grupos disputam entre si a simpatia dos chamados “lobos solitários”, pessoas que não têm filiação direta, mas promovem ataques independentes. “É uma situação muito preocupante”, afirmou em entrevista à CNN.

“Sem ameaça”

Mas, para um alto funcionário da administração Obama, não há indícios de uma ameaça “direta e crível” aos Estados Unidos. De fato, o trecho em que o shopping é citado não toma mais do que 40 segundos do vídeo, que tem uma estética de documentário. O resto do tempo é dedicado ao massacre de Nairóbi.

Em meio à propaganda jihadista, o “apresentador” pergunta: “E se acontecesse um ataque no Mall of America, em Minesota? Ou no West Edmonton Mall, no Canadá? Na Oxford Street, em Londres? Ou em qualquer uma das lojas judaicas de Westfield (Londres)?”. O Westgate era administrado por uma empresa judaica.

Segurança reforçada

Apesar deste tom genérico, a administração do Mall of America, que recebe 40 milhões de visitantes por ano, afirmou que leva a sério qualquer ameaça e, por isso, reforçará sua segurança nos próximos dias. O FBI, o Ministério da Segurança Interior e o Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) trabalham ao lado do setor privado para “avaliar e impedir este tipo de ameaças”, informou Ned Price, porta-voz do NSC. (Com RFI)

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