Indonésia pode reconsiderar compra de material militar do Brasil após trapalhada de Dilma Rousseff

dilma_rousseff_486Pela culatra – O governo da Indonésia ameaçou reconsiderar a compra de material militar do Brasil, no momento em que as relações entre mambos os países estão abaladas no vácuo da execução de um cidadão brasileiro condenado pela Justiça local por tráfico de drogas.

No último sábado (21), o governo indonésio do presidente Joko Widodo chamou seu representante no Brasil e apresentou protesto formal às autoridades brasileiras, depois que a petista Dilma Rousseff adiou, na sexta-feira (20), o recebimento das credenciais do novo embaixador do país asiático, Toto Riyanto, até a solução do impasse diplomático entre as duas nações.

O vice-presidente indonésio, Jusuf Kalla, disse que Jacarta poderia reconsiderar a compra de dezesseis aviões de combate EMB-314 Super Tucano e lança-mísseis, de acordo com o diário “The Jakarta Post”.

As relações entre o Brasil e a Indonésia entraram em zona de intensa turbulência depois que o governo de Widodo levou a cabo a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado por tráfico de drogas, ignorando o pedido de clemência formulado por Dilma Rousseff.

A petista, que chamou para consultas o embaixador brasileiro em Jacarta após a execução de Archer, também pediu clemência para Rodrigo Muxfeldt Gularte, que está no corredor da morte, condenado por tráfico de drogas.

O governo brasileiro pede a suspensão da execução e a hospitalização de Gularte, diagnosticado com esquizofrenia. Laudo assinado por um psiquiatria da rede pública da Indonésia confirmou o quadro de saúde do brasileiro.

Nos bastidores do poder, longe da truculência que impera no Palácio do Planalto, mereceu críticas de todos os naipes a decisão de Dilma Rousseff de não receber as credenciais de Riyanto, situação que acirrou a queda de braço entre Brasília e Jakarta, uma vez que o governo indonésio considerou um absurdo a atitude da estabanada e temperamental mandatária brasileira.

A postura da presidente brasileira é no mínimo dúbia, pois no caso de violação dos direitos humanos em países governados por ditadores comunistas, como é o caso de Cuba, Dilma mantém-se em silêncio e alega que o Brasil não interfere em questões internas de outras nações. Ou seja, as relações diplomáticas do Brasil com a Indonésia estão abaladas apenas porque Dilma não pode ser contrariada e decidiu endurecer o jogo por capricho pessoal.

De tal modo, causa estranheza o fato de o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, não ter renunciado ao cargo diante de uma postura utópica da presidente.

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