Parafuso solto – Ainda sem perceber que seu silêncio vale ouro e é um enorme presente aos brasileiros de bem, a presidente Dilma Rousseff insiste em acionar o besteirol. Na contente com as declarações estapafúrdias que faz e sua fala desconexa, Dilma disse nesta quarta-feira (25) que a decisão da agência de classificação Moody’s de rebaixar a nota de crédito da Petrobras é “uma falta de conhecimento” do que está acontecendo na estatal.
A petista disse também que o governo sempre tenta evitar esse tipo de rebaixamento, mas lamentou que não tenha havido “correspondência” por parte da Moody’s. Em mais uma prova de sua incompetência como economista, Dilma afirmou que o rebaixamento sofrido pela Petrobrás não afetará a nota de risco do País.
Enquanto a presidente da República se agarra à verborragia insana, a equipe econômica do governo está de cabelo em pé desde o anúncio da agência de risco. Os ministros Henrique Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, têm trabalhado para melhorar o cenário das contas públicas do País, incrementando a transparência e melhorando a comunicação com o mercado financeiro, mas a decisão da Moody’s causou na equipe econômica a sensação de que o rebaixamento da petrolífera poderá ‘contaminar’ a nota de crédito dos títulos brasileiros.
Que Dilma nada entende de economia todos sabem, até porque a situação econômica brasileira pode ser comparada a um desastre, mas acusar a Moody’s de desconhecer a realidade da Petrobras é no mínimo um coquetel de ousadia com ignorância. A estatal passa possivelmente pelo momento desde a sua fundação, mas Dilma e seus seguidores insistem em dizer que tudo não passa de alucinação dos adversários e, como sempre, da imprensa golpista.
É fato que a Constituição vigente garante também à presidente da República o direito à livre manifestação do pensamento, porém é inaceitável a atitude de Dilma de querer esconder o sol com a peneira. A Petrobras teve seus cofres saqueados com a anuência explícita do Palácio do Planalto – leia-se Lula e Dilma –, mas o governo prefere vender aos incautos a ideia de que é sólida a situação financeira da maior empresa brasileira.
A desconfiança em relação à Petrobras é tamanha, que na manhã desta quarta-feira (25) as ações da empresa registravam queda de 8% no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo. Por volta das 12h30, as ações da companhia registravam queda de 7%. No mesmo horário, refletindo a preocupação do mercado financeiro, o dólar comercial era negociado a R$ 2,881, alta de 1,68% em relação à cotação do dia anterior.
À presidente Dilma, que um dia foi apresentada ao eleitorado nacional como “a garantia de continuidade”, não basta apenas destruir a economia brasileira, como fez no primeiro mandato. A petista, que tenta escapar das garras da Operação Lava-Jato, que pode lhe render um impeachment, insiste em destruir cada vez mais a Petrobras, que sofre com sua combalida contabilidade por causa de um governo incompetente, paralisado e corrupto. Enfim…