Governo insiste em esvaziar a Operação Lava-Jato, enquanto brasileiros ficam calados

petrobras_20Muito cuidado – Há em marcha uma operação orquestrada pelo Palácio do Planalto e pela cúpula do Partido dos Trabalhadores para esvaziar a Operação Lava-Jato e transformar em vítimas os políticos envolvidos no Petrolão, o maior esquema de corrupção da história da humanidade, que causou prejuízos de aproximadamente R$ 88 bilhões, de acordo com a ex-presidente da empresa, Maria das Graças Foster.

O primeiro capítulo da mais nova ópera bufa petista ficou por conta do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que reuniu-se com advogados de algumas das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Cardozo disse que, de acordo com o Estatuto da Advocacia, é dever de qualquer autoridade receber advogados, mas a desculpa, acintosa e esfarrapada, não convenceu. Na verdade, os encontros não foram casuais, como afirmou o ministro, mas convocados por ele próprio para tentar salvar o governo corrupto de Dilma Rousseff e seus sequazes.

Ato contínuo, o segundo capítulo coube a Dilma Vana Rousseff, a presidente reeleita, que depois de um sumiço de quase cinquenta dias culpou o tucano Fernando Henrique Cardoso pela roubalheira patrocinada pelo PT e outros partidos da chamada base aliada, cada vez mais atolada no escândalo que saqueou os cofres da Petrobras.

Na sequência, no terceiro capítulo, de volta à cena surge o ministro José Eduardo Cardozo, na condição de responsável pelo texto de instrução normativa que permitirá às empreiteiras da Lava-Jato firmarem acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União. Essa manobra contraria a falsa declaração de Dilma, que garantiu que os culpados pelo assalto aos cofres da Petrobras devem ser exemplarmente punidos.

Capítulo seguinte, o quarto, governistas que integram a CPI da Petrobras, cuja criação foi criticada pelo UCHO.INFO, acenaram com a possibilidade de ampliar o período de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito, como forma de alcançar os governos de FHC. Ou seja, os petistas e aliados mostraram naquele momento que a nova CPI da Petrobras terminará em uma enorme e mal cheirosa pizza, a exemplo do que ocorreu com a primeira.

Continuando na pífia toada, agora o quinto capítulo, a cúpula petista atuou nos bastidores e conseguiu que intelectuais e autoridades assinassem um manifesto em defesa da Petrobras, como se o governo do PT não tivesse qualquer responsabilidade no escândalo de corrupção. Assinaram o documento o teólogo Leonardo Boff, a filósofa Marilena Chauí e o ex-ministro Sepúlveda Pertence, do Supremo Tribunal Federal. O documento, abusando da ironia, destaca: “O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição”. Ou seja, os esquerdistas que bajulam o desgoverno petista entendem que roubar a maior empresa brasileira faz parte do jogo democrático.

No sexto capítulo, a banda canalha da esquerda tupiniquim promoveu, no Rio de Janeiro, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), um ato em defesa da Petrobras, que contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, agora um enrolado lobista de empreiteira, que já foi alcançado pela Operação Lava-Jato. Por essa razão Lula trabalha intensamente nos bastidores para esvaziar a operação da Polícia Federal.

Para finalizar o escárnio petista, a cúpula do partido está organizando para o próximo dia 13 de março, em São Paulo, mais precisamente na movimentada Avenida Paulista, uma manifestação em defesa da Petrobras e contra o movimento popular que cobra o impeachment de Dilma Rousseff, responsável juntamente com Lula pela ação criminosa que corroeu a estatal petrolífera.

Lula e seus quejandos podem dizer qualquer besteira, pois nada anulará a verdade. Em meados de 2005, quando o escândalo do Mensalão do PT sangrava na CPMI dos Correios, o editor do UCHO.INFO afirmou que um novo esquema de corrupção entrara em funcionamento para abastecer financeiramente a base aliada, que ao longo da última década garantiu no Congresso Nacional um míope e incondicional apoio ao Palácio do Planalto, reforçando a tese de que o Parlamento brasileiro é um misto de bataclã político com balcão de negócios.

apoio_04