Preocupado com a paralisação dos caminhoneiros, governo da petista Dilma decide dialogar

caminhoneiros_02Sem saída – Confirmando notícia exclusiva do UCHO.INFO, os caminhoneiros mantiveram, na terça-feira (24), o bloqueio de rodovias em treze estados como forma de protestar contra o governo de Dilma Rousseff. Cada vez mais penalizados pela crise grave econômica que chacoalha o Brasil e também pelas péssimas condições das estradas brasileiras, os caminhoneiros querem dialogar com o governo para apresentar ao menos quatro reivindicações, como antecipou o site: redução do preço do óleo diesel, melhoria das rodovias, repactuação das dívidas decorrentes do financiamento dos caminhões e reajuste da tabela de fretes.

Enquanto a presidente Dilma virava as costas para os caminhoneiros e recebia, em palácio, empresários de distintos setores, o movimento paralisou o País e prejudicou o abastecimento em várias regiões. A matéria publicada na madrugada de terça-feira (24) pelo UCHO.INFO foi suficiente para acender a luz vermelha no Palácio do Planalto. Com isso, o governo passou a considerar a possibilidade de se reunir com os caminhoneiros.

No rastro da paralisação dos caminhoneiros, que preocupou os palacianos, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, disse na terça-feira que não faz parte da pauta
Do governo a redução do preço do óleo diesel, ponto que pode dificultar a negociação.

“Não faz parte da pauta do governo esse tema”, disse Rossetto. “Não está na pauta do governo a redução do preço do diesel neste momento”, completou.

Em meio à paralisação de caminhoneiros em pelo menos 13 estados desde o início da manhã, o ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, afirmou nesta terça-feira (24) que não faz parte da “pauta” do governo reduzir preço do litro do óleo diesel. Desde o início da manhã houve uma série de interdições promovidas por caminhoneiros. Os manifestantes protestam, entre outros motivos, contra o aumento no preço do litro do óleo diesel e contra o valor dos fretes.

“Não faz parte da pauta do governo esse tema”, disse o ministro. “Não está na pauta do governo a redução do preço do diesel neste momento”, completou.

A definição dos preços dos combustíveis no Brasil é de responsabilidade da Petrobras, mas o governo sempre interfere no assunto quando a economia avança aos tropeços. Foi o que aconteceu com a gasolina, que por conta do repentino aumento da frota de automóveis obrigou a importar o produto e a revendê-lo no mercado interno por preço subsidiado, o que comprometeu as finanças da estatal.

No momento em que o preço do petróleo no mercado internacional está em queda, a Petrobras poderia reduzir o valor dos combustíveis, mas não o faz porque é preciso recuperar o prejuízo provocado pela venda subsidiada de gasolina, como mencionado

Na tentativa de buscar uma solução, nesta quarta-feira (25) acontece em Brasília uma reunião entre líderes dos caminhoneiros e empresários, além de representantes do governo.

Na terça-feira, Miguel Rossetto reuniu-se com os ministros Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) e o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo de Castro, com o objetivo de analisar medidas judiciais que garantam o desbloqueio das rodovias.

A falta de sensibilidade da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores mais próximos obrigou os caminhoneiros a radicalizarem, estendendo a paralisação das rodovias para vários estados. Caso um encontro entre os líderes do movimento e representantes do governo tivesse ocorrido dias atrás, o caos que se instalou no País não teria ocorrido.

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