PPS pedirá explicações a Levy sobre operação da Caixa para beneficiar Eike Batista

eike_batista_08Tábua de salvação – Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) ingressa nesta segunda-feira (2) com requerimento de informações na Mesa Diretora, pedindo explicações ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e à presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, sobre transação feita pela instituição financeira para beneficiar o empresário Eike Batista.

De acordo com nota da Coluna Radar, da Revista Veja, publicada, na mais recente edição, a Caixa “entrou sem necessidade“ no processo judicial envolvendo a recuperação do estaleiro OSX, de propriedade do empresário, para reaver um empréstimo de R$ 1,1 bilhão. Segundo a coluna, o banco não precisaria fazer isso, já que o recebimento do financiamento estava garantido pela alienação fiduciária dos bens da OSX, cujo patrimônio é duas vezes o valor do empréstimo da Caixa.

Para Rubens Bueno, o mais grave é que a Caixa, que poderia receber o dinheiro em menor tempo, agora só vai receber em 40 anos. “Queremos que Levy e Belchior expliquem como essa transação esdrúxula, estranha à moralidade pública e envolvendo recursos do Tesouro, pode ser feita. A Caixa não pode ser usada para beneficiar empresários falidos”, criticou o parlamentar.

Segundo a publicação, a transação foi feita pelo diretor jurídico da Caixa, Jailton Zanon, que é ligado ao ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que indicou o companheiro ao cargo no banco estatal.

O líder do PPS lembrou ainda das dificuldades do trabalhador brasileiro tem para fazer um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, inclusive para comprar a casa própria. “A população brasileira não tem essa regalia, essa boquinha, que foi dada Eike Batista. Pelo visto, ele continua a ser beneficiado pelos governos do PT. Quem não se lembra de Lula e Dilma, ao lado do empresário, inaugurando obras? Eike era reconhecido pelo Palácio do Planalto como o empresário-modelo da era do PT”, afirmou Rubens Bueno.

Conhecido entre os investidores como alguém que conseguiu a proeza de vender vento em meio ao furacão, o empresário Eike Batista, que contou com privilégios absurdos durante os dois governos de Luiz Inácio da Silva e o primeiro de Dilma Vana Rousseff, continua calado, mesmo diante das ações judiciais e do bloqueio de bens.

Quando o empresário, que adotou a letra “X” como amuleto em seus negócios, começar a contar o que sabe, por certo o Brasil conhecerá mais uma faceta putrefata da política nacional. Fica a sugestão do site para que seja criada uma CPI para investigar esses absurdos.

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