Dólar opera em alta nesta quarta-feira, chega aos R$ 2,97 e acelera a grave crise econômica brasileira

dolar_33Rédea solta – Enquanto tenta escapar da peçonha da crise político-institucional que chacoalha o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff busca soluções para a economia nacional, que apesar dos recentes anúncios de mudança continua à beira do despenhadeiro

Se em tese as questões políticas não deveriam interferir na economia, e vice-versa, na prática a situação é diametralmente oposta. Nessa barafunda em que se transformou o Brasil, a economia depende de apoio político do governo no Congresso Nacional para aprovar as reformas propostas. Esse movimento, se bem sucedido e analisado de forma ampla, representa abrir caminho para uma candidatura de Luiz Inácio da Silva em 2018.

Diante da instabilidade política que avança pela Praça dos Três Poderes, em Brasília, a economia brasileira não mudará de rumo tão cedo. Isso porque os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente, decidiram engrossar a voz com o governo depois que seus nomes foram incluídos na temida lista de Rodrigo Janot, o procurador-geral da República.

A primeira consequência sentida pela economia depois que o Supremo Tribunal Federal recebeu a lista de políticos envolvidos na Operação Lava-Jato surgiu no mercado de câmbio. Na abertura do mercado nesta quarta-feira (4), o dólar comercial era vendido a R$ 2,9710, alta de 1,47% em relação ao dia anterior. A maior cotação dos últimos dez anos. Às 11h15 a divisa norte-americana registrava valorização de 1,45% frente ao real, cotada a R$ 2,9705.

No contraponto do mercado financeiro nacional, às 11h30 a Bovespa operava em baixa, no rastro da queda de mais de 2% nas ações da Petrobras. Minutos antes, o Ibovespa apresentava recuo de 0,99% (50.796 pontos).

Por mais que o mercado tenha recebido de forma positiva sua indicação, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, começa a fazer jus ao apelido “O Breve”. Isso porque Levy dificilmente colocará seu prestígio profissional a serviço de um governo incompetente, corrupto e paralisado, que nos últimos quatros anos, ciente da extensão da crise, empurrou a economia na direção do absurdo.

Ao longo do primeiro governo de Dilma Rousseff, que merece ser chamado de desgoverno, o UCHO.INFO sempre afirmou que a conta do País em dado momento não fecharia, pois ultrapassaram as fronteiras do ridículo as medidas adotadas pelos palacianos para estimular a economia.

De 1º de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2014, Dilma e o então ministro Guido Mantega (Fazenda) adotaram nada menos do que duas dúzias de medidas para impulsionar a economia, sem que ao menos uma tivesse dado resultado. Para quem gosta de números, o governo anterior de Dilma adotou, em média, uma medida de estímulo à economia a cada dois meses. A mais festejada delas, a que desonera a folha de pagamento, foi rotulada recentemente por Joaquim Levy como “brincadeira”.

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