Ministro precisa explicar insensibilidade do governo do PT com caminhoneiros, afirma Caiado

miguel_rossetto_01Carga extra – Os caminhoneiros que protestam contra medidas do governo prejudiciais à categoria mereceram a defesa do líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), durante sessão nesta quarta-feira (4) da Comissão de Agricultura. Uma audiência pública foi marcada na Comissão para o próximo dia 12 de março, que deve contar com a presença do secretário-geral da Presidência, Miguel Rossetto, além de representantes dos caminhoneiros e setores produtivos afetados pela paralisação.

“O caminhoneiro autônomo foi incentivado pelo governo a tomar financiamento e comprar caminhão contando com a palavra de que os incentivos ajudariam a categoria a se desenvolver. De repente eles se veem em uma situação onde estão completamente endividados num cenário onde os juros aumentaram, os impostos subiram, a inflação disparou e o diesel também subiu. Ou seja, foram induzidos pelo governo a se endividar e agora estão sendo inviabilizados pelo próprio governo. Que o ministro explique essa insensibilidade”, afirmou Caiado.

O senador quer que o Congresso tome a frente nas decisões que envolvem o imbróglio que tem afetado o setor produtivo brasileiro e o abastecimento nos grandes centros. Ele sustenta que o assunto deve ser tratado como prioridade e anunciou que o Democratas está disposto a utilizar do instrumento de obstrução para pressionar o plenário a discutir o tema.

“Sensibilidade”

Ronaldo Caiado ressaltou que as duas principais bandeiras imediatas dos caminhoneiros são a revogação da alta das taxas de PIS e Cofins sobre o diesel e o fim do monopólios de grandes distribuidoras sobre lotes de propriedade do governo. Segundo ele, estas duas medidas adotadas pelo governo não levaram em conta o ônus financeiro para o setor.

“Cabe agora pressionar para que o governo federal tenha a sensibilidade de entender que os aumentos em cima do setor de transporte, em especial aos caminhoneiros autônomos, só resultará em duas coisas: desemprego e aumento da inflação”, destacou o senador goiano.

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