Cópia autenticada – O PPS posicionou-se contra o plano de trabalho inicial apresentado pelo relator da CPI da Petrobras, deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), que propôs uma lista de convocações priorizando a oitiva de pessoas ligadas ao Petrolão que foram ouvidas na comissão parlamentar mista de inquérito que encerrou os trabalhos no final de 2014, na esteira de uma enorme e mal cheirosa pizza, repetindo o que sempre acontece no Brasil quando o propósito é investigar políticos e suas lambanças.
Deputada federal pelo PPS do Maranhão, Eliziane Gama discordou do roteiro de trabalho, pois o mesmo fixa uma ordem de convocação que derrubaria a ordem cronológica de entrega dos requerimentos na secretaria da Comissão.
Homem de confiança do mensaleiro condenado José Dirceu, que também está na mira da Operação Lava-Jato, o relator Luiz Sérgio propôs que os primeiros a serem ouvidos deveriam ser os ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Maria das Graças Foster; a diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard; e o doleiro Alberto Youssef. Por pressão dos integrantes da CPI, o petista acabou invertendo a ordem e sugeriu que a oitiva do ex-gerente de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco, fosse a primeira da lista.
“As pessoas que estão nesta ordem apresentada pelo relator já vieram aqui, já falaram, já mentiram. Parece que não se quer investigar. Não custa nada pegarmos as oitivas da CPI passada e respaldar para esta nova comissão. Temos interesse em fazer investigação séria, mas temos de começar, a partir de onde terminou a outra CPI. Senão vamos caminhar para trás. Daqui a pouco estamos sendo rotulados de que esta CPI é uma ‘vale pena ver de novo’”, criticou.
O PPS, que entende ser a oitiva de Barusco uma das prioridades da CPI, também defendeu a ida do ex-diretor da Área de Serviços da Petrobras, Renato Duque, que por uma decisão inexplicável da Justiça continua em liberdade, apesar de todas as acusações de que é alvo
A CPI também aprovou requerimento de Eliziane Gama que solicita ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, o compartilhamento dos pedidos de investigações relacionados à Operação Lava-Jato, enviadas na última terça-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Vaccari, o Mandrake petista
A parlamentar maranhense propôs durante a sessão da CPI a quebra de sigilo bancário de Giselda Rousie de Lima, mulher do atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, autoridades que conduzem a Operação Lava-Jato investigam se duas operações de recebimento e envio de R$ 400 mil, em 2008 e 2009, com o uso de uma conta da mulher de Vaccari, tiveram ligação com o suposto pagamento de propina pela Toshiba em negócios com a Petrobras.
“O acesso a este dado é fundamental para que investiguemos a suposta impressão digital de dirigentes partidários com o esquema da Lava Jato”, justificou a deputada.