Instituto Adolfo Lutz confirma primeira morte por dengue na cidade de São Paulo em 2015

dengue_01Cuidado redobrado – Na sexta-feira (6), o Instituto Adolfo Lutz confirmou a primeira morte por dengue na cidade de São Paulo em 2015. A vítima foi uma mulher de 84 anos, moradora do bairro Freguesia do Ó, zona norte da capital paulista.

O Ministério da Saúde divulgou que, ao todo, 24 pessoas morreram no estado somente este ano em decorrência da doença (a morte da idosa não está contabilizada nesta lista). Número 380% maior do que as cinco mortes nas oito primeiras semanas de 2014.

Os casos com suspeita da doença subiram 159%, enquanto o aumento das notificações de dengue foi de 697%. Foram de 11.876 casos em 2014 para 94.623 em 2015.

Arthur Chioro, ministro da Saúde, enfatizou que os municípios paulistas não “fizeram a lição de casa” para evitar a explosão de notificações e de mortes. De acordo com o ministro, a doença no estado evolui de forma diferente do restante do País, onde, apesar do aumento de registros, há redução de casos graves e óbitos.

Entre os municípios que não conseguiram evitar o alarmante aumento nos casos de dengue está Catanduva, onde a taxa de infecção é de 5,6 mil a cada 100 mil habitantes. Só para efeito de comparação, o parâmetro para definir que há uma epidemia é de 300 por 100 mil habitantes. Sumaré tem 900 casos por 100 mil habitantes; Birigui, 525; Caraguatatuba, 424; São José do Rio Preto, 469; e Campinas, 405,2.

Chioro lembrou ainda que os municípios podem amenizar a situação se trabalharem melhor na prevenção e no manejo clínico.

A Secretaria da Saúde de São Paulo avisou que tem enviado equipes e máquinas para ajudar as cidades que pediram apoio no combate ao mosquito da dengue.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que a cidade de São Paulo está abaixo da taxa considerada de epidemia, com 46 notificações por 100 mil habitantes. Apesar disso, entre 4 de janeiro e 14 de fevereiro, 2.708 casos foram notificados e 563 foram confirmados autóctones (contraídos no município). No mesmo período do ano passado, foram 214 casos confirmados, ou seja, 2015 teve um aumento de 163% comparado ao mesmo período do ano passado. (Por Danielle Cabral Távora)

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