Depois de enfrentar ruidosa vaia em São Paulo, Dilma tenta ludibriar empresários da construção civil

(Nelson Antoine - Frame - Estadão)
(Nelson Antoine – Frame – Estadão)
Bola da vez – É fato que a vida exige de qualquer ser humano doses de otimismo para enfrentar as agruras que inevitavelmente surgem ao longo do caminho, mas, de acordo com a sabedoria popular, o pior cego é aquele que não quer vê. Esse o caso de Dilma Vana Rousseff, a presidente reeleita disse, em São Paulo, durante evento do setor da construção civil, disse que o Brasil enfrenta um momento difícil, mas não há “uma crise da dimensão que alguns dizem que estamos vivendo”.

Antes de negar o inegável diante de empresários da construção civil, Dilma foi alvo de uma vaia de aproximadamente cinco minutos, enquanto visitava alguns estandes. Para a sorte da petista, a feira ainda não estava aberta ao público e a vaia partiu de pessoas que trabalhavam na própria feira.

Ao discursar, Dilma garantiu que o Brasil tem condições de virar o jogo da economia e alcançar uma situação que ela classificou como “novo patamar”. Ao admitir que as dificuldades existem, a presidente defendeu as medidas de ajuste que o governo tem adotado nos últimos meses e afirmou que essas não comprometerão as conquistas sociais, “tampouco vão fazer o Brasil parar”.

”A conjuntura atual é muito mais difícil que nos últimos anos, mas ela não pode ofuscar os avanços nem tampouco obscurecer que hoje temos as bases, o aprendizado para ir muito mais além do que já fomos, para dar saltos de produção e de competitividade ainda maiores”, disse.

Como sempre afirma o UCHO.INFO, Dilma assim como qualquer cidadão brasileiro, tem o sacro direito de expressar livremente o pensamento, mas não pode querer que a população acredite em mentiras que só crescem.Há aproximadamente cinco meses, na corrida presidencial de 2014, a petista tentou vender a ideia de que o Brasil é uma versão moderna e tropical do País de Alice, aquele das maravilhas, mesmo sabendo que essa estratégia era eivada pela mitomania.

De tal modo, não se pode aceitar que, já reeleita, Dilma mude o discurso e queira colocar no colo do trabalhador a conta produzida por um governo incompetente, paralisado e corrupto. Da mesma forma não se pode aceitar que mentiras continuem sendo vociferadas apenas porque a presidente e seu partido, o PT, temem diante das manifestações populares, que cada vez mais pedem o fim do caos.

Não obstante, Dilma mais uma vez tentou influenciar na forma como o brasileiro enxerga o amanhã, pedindo aos empresários presentes ao evento que não se deixem influenciar por “incertezas conjunturais”. O Brasil enfrenta uma grave crise, ao contrário do que diz a presidente, sendo que a falta de apoio político do governo no Congresso Nacional podem levar o País para o buraco. Acontece que o nó político que se formou na esfera federal não será desatado facilmente.

“Estamos fazendo ajustes, mas não abdicamos nem abdicaremos em estabelecer as condições para que, o mais rápido possível, tenhamos uma economia competitiva e mais dinâmica. Por isso, não deixem que as incertezas conjunturais determinem sua visão de futuro do Brasil”, pediu a presidente aos empresários.

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