Paredão vermelho – A Central Única dos Trabalhadores (CUT), com apoio de outras entidades sindicais e movimentos populares, agendou para esta sexta-feira (13), sua primeira ofensiva contra as manifestações que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
O “Blinda Dilma”, ocorrerá em 24 capitais. A defesa da Petrobras e a manutenção do governo Dilma são as bandeiras principais.
A manifestação em São Paulo será realizada na Avenida Paulista, em frente ao escritório da estatal, e seguirá em passeata pelas ruas do centro da cidade. No mesmo dia, à tarde, um grupo de militantes pró-impeachment, articulados via redes sociais, protesta na Paulista contra o governo petista.
Vale lembrar que, no domingo (15), já estão programadas passeatas pela saída da presidente do poder em cerca de 30 cidades brasileiras.
Apesar de a ofensiva ser a favor do governo nesta sexta-feira, manifestantes prometem criticar medidas que consideram ir contra direitos dos trabalhadores, como as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que alteraram as regras de concessão de benefícios previdenciários como seguro-desemprego. Também defenderá a reforma política que foi uma das principais promessas na campanha eleitoral petista, mas ainda não foi realizada.
Entre os alvos dos sindicalistas, contra o governo, estão as, afirmou.
A CUT, que representa cerca oito milhões de trabalhadores em 3,2 mil sindicatos, contará com o apoio de outras centrais, como a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que defenderam a reeleição da petista ano passado.
Em contrapartida, a Força Sindical, segunda maior central do País e que apoiou a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência, apoiará a manifestação pró-impeachment do dia 15.
Ainda está prevista a participação no ato “Blinda Dilma” do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Sem Terra (MST), como representantes dos movimentos sociais, além da União Nacional dos Estudantes (UNE). Estimam cerca de 50 mil manifestantes.
De acordo com o presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos Lima, “o que está em jogo são a defesa do direito dos trabalhadores e a defesa da Petrobras, que, em virtude das notícias e investigações sobre corrupção, tem por trás hoje uma forte tendência de privatização que não podemos aceitar. Já fizeram isso com outros patrimônios do País”.
Ainda segundo Lima: “temos também de fazer uma defesa intransigente da democracia. Temos hoje um cenário político muito conturbado, mas achamos que o regime democrático não pode ser interrompido em função das dificuldades do governo. Daí nossa defesa de uma reforma política o mais rápido possível, pois nosso Congresso hoje está contaminado”. (Por Danielle Cabral Távora)