Batendo na tecla – Sob um clima acirrado entre oposição e governo, em que as mentiras da presidente Dilma Rousseff (PT) na campanha eleitoral de 2014 foram exibidas ao vivo pelas TVs Câmara e Senado, o Congresso Nacional curvou-se mais uma vez diante dos interesses do Palácio do Planalto e manteve o veto ao reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
Trata-se de mais um golpe contra o trabalhador brasileiro, que enfrenta uma das mais altas cargas tributárias do planeta, sem a devida contrapartida por parte do governo, e convive com uma inflação que corrói diariamente o poder de compra dos salários. Esse binômio draconiano não é reconhecido pelo Palácio do Planalto, que prefere “vender” aos cidadãos a falsa ideia de que o Brasil é uma versão melhorada do País de Alice, aquele das maravilhas.
Depois de gastar o dinheiro público de forma irresponsável ao longo dos últimos anos, apenas porque precisava garantir sua reeleição, Dilma prefere fingir que a crise econômica que chacoalha o País é muito menor do que se alardeia, ao mesmo tempo em que sugere que o clima de insatisfação generalizada que varre o Brasil é obra dos adversários políticos e da chamada “elite golpista”. Discurso rasteiro típico de quem não consegue escapar do universo da incompetência.
Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) antecipou que o partido insistirá na correção de 6,5% para todos os brasileiros e, portanto, apresentará emenda na nova MP do IR editada na quarta-feira pelo Palácio do Planalto.
“Queremos que a correção da tabela seja para todos. E faço aqui um desafio ao PT: Se eles querem mesmo beneficiar aqueles que ganham menos, que votem também a favor da proposta do PPS de estender o reajuste do salário mínimo aos aposentados e pensionistas e que apoiem nossa emenda que garante também um ganho real de no mínimo 2% para proteger os que ganham o piso da crise econômica que assola o país”, afirmou o líder.
Discurso
Sobre as seguidas e deslavadas mentiras vociferada por Dilma durante a última corrida presidencial, Rubens Bueno ocupou a tribuna e disse que a petista vem agindo ao contrário do que prometeu, enganando aqueles que lhe confiaram o voto.
“Na campanha a presidente Dilma garantiu que iria corrigir o imposto de renda pela inflação, que foi de 6,41%. A presidente da República mentiu, é feio mentir. A presidente prometeu publicamente durante a campanha que jamais aumentaria a taxa de juros porque aumentando a taxa de juros, segundo ela e seu marqueteiro João Santana, tiraria comida da mesa do pobre brasileiro. Passada uma semana da eleição, ela aumentou os juros. E já aumentou quatro vezes. A presidente da República mentiu para o povo brasileiro”, criticou o líder, citando ainda os aumentos das tarifas de energia e de combustíveis como outros exemplos da mentira de Dilma.
Ao ser interrompido pelo senador Humberto Costa (PT-PE), um dos políticos investigados em inquérito da Operação Lava-Jato e que cobrava do presidente da sessão o encerramento do discurso, Rubens Bueno disse que o PT está acostumado a mentir, mas não gosta de ouvir a verdade.
“O líder Humberto Costa reclamando do tempo, que barbaridade. Ele não gosta de ouvir verdades, ela gosta de ouvir mentiras. Ele gosta de ouvir o Petrolão, ele gosta de ouvir os empreiteiros do Petrolão distribuindo dinheiro para o PT que institucionalizou a corrupção dentro do poder”, provocou o líder do PPS lembrando que a verdade dói.