Reação do desgoverno petista de Dilma Rousseff às manifestações foi arrogante, avalia o PPS

jose_eduardo_46Salto alto – O PPS considerou “arrogante” a reação do governo às manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e o PT que ocorreram em 23 estados brasileiros neste domingo (15). O presidente nacional do partido, Roberto Freire, e o líder na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), entendem que os ministros José Eduardo Martins Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência da República), no pronunciamento e na entrevista coletiva desta noite, agiram como se os protestos não tivessem acontecido.

“O governo continua achando que as manifestações não significam nada, que os mais de 1,5 milhão de pessoas que foram às ruas hoje eram eleitores de Aécio Neves, ou seja, eles não estão entendendo coisa alguma”, afirmou Roberto Freire. “Os ministros foram profundamente arrogantes e, por isso, a melhor resposta ao governo foi o panelaço que aconteceu durante o pronunciamento deles”.

De acordo com Freire, “o governo começa a não poder mais falar, porque mesmo que sejam os ministros e não a presidente da República, são saudados com panelaços”.

Rubens Bueno criticou os ministros porque trataram “uma manifestação da ordem da que ocorreu hoje como se fosse aquela do dia 13, dos trinta dinheiros, que foi um retumbante fracasso”. O parlamentar referia-se ao movimento da CUT, do MST e da UNE a favor do governo.

“Não imaginava que o (ministro) José Eduardo Cardozo fosse se prestar, junto com o outro ministro (Rossetto) ao teatro do cinismo que eles apresentaram”, disse o líder. Para Bueno, eles continuaram a tratar a situação como a “guerra do nós contra eles, uma visão torta, de aparelhamento do Estado para atender a apetites de poder”.

Enquanto os ministros falavam, ocorreram panelaços em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília, dentre outras cidades brasileiras. Essa manifestação [panelaço], na sequência dos protestos e que serviu para emoldurar o pronunciamento oficial, mostra que o governo de Dilma Rousseff caiu no despenhadeiro do descrédito.

Em outro vértice do problema há de se considerar que para um partido que chegou ao Palácio do Planalto a bordo do discurso da “solucionática”, da ética e do combate à corrupção, o PT está mais para organização criminosa do que misto de fábrica de gênios com mosteiro de monges enclausurados. Em qualquer país minimamente sério e com autoridades responsáveis, a cúpula petista estava na cadeia e o partido em processo de extinção.

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