Com 9% da população confiando no Congresso e 13% de aprovação do governo, Brasil vive caos

caos_01Receita explosiva – O desinteresse do brasileiro pela política e suas questões provoca consequências devastadoras no escopo do Estado, as quais serão extirpadas ao longo de algumas décadas. A continuar a pasmaceira que domina a sociedade verde-loura diante das questões políticas, o Brasil continuará no processo de corrosão que vilipendia covardemente a cidadania em todos os seus capítulos.

Essa reflexão não surge de forma pontual, mas na esteira de um processo de acompanhamento da política nacional e seus pedúnculos. No momento em que a aprovação do governo petista de Dilma Rousseff está em pífios 13%, surge notória e inconteste a falta de governabilidade que se abate sobre o País. É o que revela pesquisa do instituto Datafolha, cujos resultados foram divulgados nesta quarta-feira (18).

Não se deve desconsiderar o fato de que a pesquisa foi realizada nos dias subsequentes (segunda e terça-feira) aos protestos do último domingo (15), o que pode ter influenciado ligeiramente no resultado, mas é importante destacar que o Brasil tornou-se uma nau com dois comandantes (Dilma e Lula), situação que por si só leva o País a rotas equivocadas, ao mesmo tempo em que torna-se iminente um naufrágio.

Na pesquisa Datafolha um detalhe, que se combinado a outro, potencializa a preocupação daqueles que pensam o Brasil. Além da desaprovação do governo Dilma estar em incríveis 62%, apenas 9% da população considera “ótima ou boa” a atuação do Congresso Nacional. Para 50% dos entrevistados a atuação de deputados e senadores é considerada “ruim ou péssima”.

Se de chofre os números pouco dizem, quando esmiuçados mostram que o Brasil está com o futuro comprometido por conta da grave crise político-institucional que vem corroendo com mais intensidade o segundo governo de Dilma Rousseff. No horizonte não há, pelo menos por enquanto, uma solução de curto prazo, assim como não há de médio e longo. O País precisa de mudanças conjunturais urgentes, mas o Palácio do Planalto permanece como refém de uma base aliada que insiste no escambo criminoso e nada patriótico.

A situação é tão grave na seara federal, que, além de o governo ter reconhecido que errou em vários quesitos, políticos da base aliada admitem nos bastidores que Dilma fracassou, apesar de todos os efeitos positivos dos programas sociais, os quais fazem com que o País ande de lado em termos de avanço sócio-econômico. Os palacianos por certo contestarão nossa afirmação, mas basta verificar o que acontece no Brasil fora dos grandes centros. A realidade do interior não permite projetar um futuro positivo para a nação, cenário que poderia corrigido se houvesse interesse e boa vontade por parte dos políticos.

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