Itamaraty tem obrigação de identificar cubanos infiltrados como médicos, afirma senador

medico_cubano_01Pente fino – Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) participou de audiência pública com ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na tarde desta terça-feira (24), e exigiu uma posição do órgão em relação à denúncia de que agentes cubanos foram infiltrados como profissionais do programa “Mais Médicos”.

Durante a apreciação do assunto na Comissão de Relações Exteriores da Casa, Caiado exibiu a reportagem da TV Bandeirantes que mostra o áudio de uma reunião entre a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Ministério da Saúde onde a melhor forma de esconder a entrada de agentes no país é tratada abertamente, bem como a intenção de “driblar” o objetivo maior do programa que é financiar o regime cubano.

“De todos os graves absurdos tratados na reunião, como a forma de esconder o financiamento à Cuba, ou mesmo o tratamento dos médicos como mercadorias negociadas, a representante da Opas trata abertamente da entrada de 50 agentes que ela afirma que vão entrar como médicos. Isso tudo com a conivência do governo brasileiro! Se trata de uma afronta grave ao Estado brasileiro e o Itamaraty deve buscar quem são essas pessoas”, defendeu Caiado.

O democrata anunciou que já entrou na Procuradoria-Geral da República pedindo uma investigação completa sobre as denúncias e o ressarcimento dos valores depositados pelo governo brasileiro.

“Nós vamos exigir saber quem são, o que fazem no Brasil e quem se beneficia com a entrada deles aqui no país. O que não pode ocorrer é estarmos preocupados com situação na Venezuela e não perceber que situação aqui está se agravando. São agentes cubanos infiltrados como médicos sob aval de governo, é ministro venezuelano ensinando MST a fazer revolução socialista no campo e o Itamaraty fazendo cara de paisagem”, criticou.

Direitos Humanos

Por fim, Caiado contestou explicações do ministro que quis citar experiências de médicos cubanos em outras regiões do mundo, lembrando que em países como Itália, França e Portugal programas similares ao “Mais Médicos” foram rejeitados justamente pela afronta aos direitos humanos ao se tratar os profissionais como mercadorias de exportação do governo cubano.

“Desculpe, ministro, mas isso se trata de matéria indefensável. Nenhum país com o mínimo de respeito pelos direitos humanos aceitou programa semelhante pois não há mais nenhuma credibilidade em quem se propõe a receber seres humanos como mercadorias de exportação. O Brasil que é signatário de todos os tratados de direitos humanos do mundo hoje não tem moral alguma para tratar do tema”, definiu.

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