Fala que eu escuto – Na terça-feira (24), foi aprovada pela CPI da Petrobras um requerimento para obter cópias de vídeos e áudios das reuniões do Conselho de Administração da estatal, entre 2005 e 2015. Vale lembrar que a presidente Dilma Rousseff presidiu o conselho até 2010, quando era ministra do governo de Luiz Inácio da Silva, o agora lobista Lula.
O acesso às gravações foi solicitado pelo deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), sub-relator da CPI que investigará os escândalos de corrupção no âmbito da petrolífera, começando pelo superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias.
Em 2006, sob o comando de Dilma, uma reunião do Conselho da Petrobras aprovou a compra da refinaria de Pasadena. O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou um prejuízo de US$ 792 milhões com o negócio e a batalha judicial travada entre a empresa brasileira e a belga Astra Oil.
Pasadena
A Petrobras aprovou, em 2006, a compra de 50% da refinaria de Pasadena, que pertencia a Astra Oil, por US$ 360 milhões. Porém, diante de um desacordo entre as partes, a estatal precisou comprar toda a unidade, o que levou a um gasto total de US$ 1,18 bilhão.
A então presidente do Conselho de Administração da estatal, Dilma Rousseff, alegou recentemente que à época aprovou a compra da refinaria porque o diretor da área internacional, Nestor Cerveró, não detalhou em um resumo as cláusulas do contrato que obrigavam a compra de toda a refinaria.
O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, que está com os bens bloqueados por conta do imbróglio, já disse mais de uma vez que considera Pasadena “um bom negócio” para a época.
