Polêmica no ar – Promotor da cidade francesa de Marseille e responsável pelas investigações sobre a queda do Airbus A320 da Germanwings, Brice Robin afirmou na manhã desta quinta-feira (26) que as gravações de áudio do cockpit indicam que o copiloto do voo 4U-9525 colocou voluntariamente o avião em rota de queda no momento em que o piloto havia se ausentado da cabine de comando.
Ainda segundo Robin, o copiloto Andreas Lubitz, de nacionalidade alemã, não teria aberto a porta da cabine para que o piloto voltasse ao comando da aeronave. Ele ressaltou que, embora a porta possa ser aberta com um código, é preciso que a pessoa que está dentro da cabine aperte um botão desbloqueando o acesso.
O promotor ressaltou ainda que o copiloto não enviou qualquer sinal às torres de comando e não respondeu às tentativas de contato, enquanto continuava ignorando os pedidos do piloto para entrar na cabine. Lubitz assumiu o controle manual da aeronave e pressionou o botão que iniciou o movimento de descida.
Ao ser questionado se o caso pode ser considerado um suicídio, o promotor disse que ainda não há informações que permitam chegar a essa conclusão, mas garantiu que o copiloto estava vivo no momento da queda, embora houvesse silêncio total na cabine. “Ele estava vivo, podemos ouvir a respiração dele na gravação”, afirmou durante entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira em Marseille.
O copiloto Andreas Lubitz estava na empresa desde setembro de 2013 e não tinha histórico de atividades terroristas. O foco das investigações sobre as causas que levaram ao acidente com o avião da empresa alemã Germanwings nos Alpes franceses, na última terça-feira (24), está agora no copiloto. (Com agências internacionais)