Milhares vão às ruas na Tunísia pelo fim do extremismo

(DPA)
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Soltando a voz – Líderes mundiais se juntaram a milhares de tunisianos neste domingo (29) em uma marcha no centro de Túnis pelo fim do extremismo islâmico. Horas antes da manifestação, o primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, anunciou que integrantes do grupo acusado de orquestrar o ataque ao Museu Nacional do Bardo, há 11 dias, foram mortos em uma operação policial.

O ataque no dia 18 de março deixou 23 mortos e balançou o país, considerado modelo de democracia pacífica implantada após os distúrbios durante a Primavera Árabe, em 2011.
Bandeiras com as cores nacionais da Tunísia, branco e vermelho, cobriram a principal avenida na capital Túnis, que recebeu milhares de pessoas – entre elas o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, o primeiro-ministro da Argélia, Abdel-Malek Sellal, entre outras autoridades de diversos países, numa demonstração internacional de solidariedade.

Eles depositaram flores no memorial erguido em frente ao museu onde dois homens armados abriram fogo contra pessoas que desciam de ônibus de turismo e, depois, dentro do museu.

“O povo tunisiano não vai se curvar. Permaneceremos unidos contra o terrorismo até que a gente se livre deste fenômeno”, afirmou o presidente da Tunísia, Beji Caid Essebsi, em discurso.

Horas antes da marcha, forças de segurança confirmavam a morte de nove militantes com suposto envolvimento no ataque ao Museu Nacional do Bardo. Entre eles, o argelino Khaled Chaib, também conhecido por Abou Sakh Lokman, líder do grupo Okba Ibn Nafaa, que atua nas áreas das montanhas na fronteira entre a Tunísia e a Argélia. O grupo era ligado ao Al Qaeda, mas têm dado recentes declarações vagas de apoio ao “Estado Islâmico”, que reivindicou a autoria do ataque ao museu.

Segundo o primeiro-ministro tunisiano, os nove foram mortos durante uma operação na região de Gafsa, no sul do país, na noite de sábado. Desde o atentado no museu, a Tunísia iniciou uma forte operação de repressão contra suspeitos de extremismo no país. (Com agências internacionais)

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