Fechando o cerco – O juiz espanhol Pablo Ruz ordenou, na quarta-feira (1), a prisão de uma mãe marroquina que queria enviar os filhos gêmeos de 16 anos para combater ao lado dos jihadistas do “Estado Islâmico” na Síria. O magistrado ordenou a detenção da mulher por delito de “colaboração com uma organização terrorista”.
A mulher foi detida ontem em sua casa, perto de Barcelona, junto com o marido e os dois filhos. O ministério do Interior declarou que a ida dos adolescentes para a Síria era iminente. O pai dos meninos também foi indiciado por colaboração com uma organização terrorista, mas vai responder ao processo em liberdade. Ele teve seu passaporte confiscado e terá de passar por controle judicial uma vez por semana. Os gêmeos serão interrogados por um juiz de menores.
A polícia espanhola monitorava os passos da família desde que outro filho do casal foi para a Síria no ano passado e morreu. O ministério do Interior espanhol acredita que ele tinha se juntado ao Harakat Sham al Islam (HSI), um movimento jihadista formado por marroquinos simpatizantes do grupo Estado Islâmico.
Desde os recentes atentados em Paris e Copenhague, as autoridades europeias intensificaram o monitoramento de jovens potencialmente candidatos à radicalização. O fenômeno dos europeus recrutados para receber treinamento terrorista e executar ações em nome do grupo “Estado Islâmico” e outras organizações jihadistas é uma das maiores preocupações das autoridades.
Os irmãos Chérif e Said Kouachi, que mataram 12 pessoas no atentado contra a redação do jornal Chralie Hebdo, em janeiro passado em Paris, tinham recebido treinamento da Al Qaeda no Iêmen. (Com RFI)
