Petrolão: investigado admite ao UCHO.INFO envolvimento no caso e diz que Lula sabia do esquema

corrupcao_16Por um fio – Há dias, em conversa reservada com o editor do UCHO.INFO, um ex-parlamentar, que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal no caso da Operação Lava-Jato, admitiu ter participado do maior escândalo de corrupção há história do planeta: o Petrolão. Depois de negar durante algum tempo sua participação no esquema, o nosso interlocutor se rendeu à verdade e confirmou ter recebido, durante alguns anos, dinheiro desviado da Petrobras.

Surpreso com a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, de inserir seu nome na lista de políticos que estão sob investigação do STF, o “petroleiro” – assim decidimos chamar nosso interlocutor – afirmou estar tranquilo em relação ao desfecho da Operação Lava-Jato e dos respectivos processos judiciais. Disse ao editor que mesmo tendo recebido propinas de forma regular durante meses seguidos, não há provas para incriminá-lo.

A tranquilidade com que o “petroleiro” trata do assunto chega a ser espantosa. Ciente de que em suas contas bancárias não passaram um tostão sequer do Petrolão, o investigado aguarda o fim do imbróglio certo de que será inocentado. Essa confiança se explica na forma como a mais alta instância do Judiciário nacional, o STF, tratará do caso. Ou seja, o interlocutor acredita que o Supremo não condenará diante da ausência de provas, apenas com base nos depoimentos dos delatores, que, de acordo com o que determina a lei, não são meios de prova.

Durante o encontro, que durou aproximadamente uma hora e contou com a participação de outro envolvido, chamou atenção a maneira fria e calculista como o assunto vem sendo tratado nos bastidores pelo “petroleiro”. Abandonado pelos companheiros de roubalheira, o investigado começa a fazer ameaças nas coxias do escândalo. Disse inclusive que o então presidente Luiz Inácio da Silva sempre soube do Petrolão, esquema criminoso que contou com a anuência do petista.

Em conversa com um comparsa, diálogo presenciado pelo editor, disse que, dependendo do desenrolar do caso, aceitaria um acordo de delação premiada para contar o que sabe e arrastar para o olho do furacão os parceiros que agora lhe dão as costas.

Nessa situação de abandono há pelo menos meia dúzia de envolvidos no Petrolão, que podem abrir a boca a qualquer momento. Se isso acontecer, mesmo que por parte de apenas um investigado, a Operação Lava-Jato não será a mesma. Basta esperar e torcer para que um desentendimento ocorra entre os artífices da gatunagem.

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