Freio puxado – Um dos setores mais beneficiados pelo populismo barato que sobrou nos últimos seis anos no palácio do Planalto, a indústria automobilística nacional registrou queda de nas vendas de veículos em março. No terceiro mês do ano, emplacamentos de automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus tiveram queda de 2,54%, na comparação com o mesmo mês de 2014, informou, na quarta-feira (1), a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
De acordo com a entidade, em março foram comercializadas 234.681 unidades, contra 240.793 no mesmo período do ano passado.
Na comparação com fevereiro, que teve menos dias úteis em virtude do carnaval e chegou a 185.947 unidades emplacadas, março apresentou crescimento de 26,21%.
De janeiro a março, as vendas de carros, caminhões e ônibus apresentaram queda de 17,02%, com 674.422 unidades comercializadas, frente a 812.711 do mesmo período de 2014.
Motos
Contabilizado separadamente, o segmento de motocicletas registrou crescimento de 10,94% em março, na comparação anual, com 124.497 unidades vendidas, contra 112.220 no mesmo mês de 20154. A comparação com fevereiro deste ano, a alta foi ainda maior, de 32,73%.
A cada passo atrás dado pelo setor automobilístico, a crise econômica que chacoalha o País se espalha para vários setores. Isso porque na cadeia do setor de automóveis há um sem fim de segmentos industriais, os quais começam a demitir em função da queda nas vendas.
Modelos mais vendidos em março
A picape Fiat Strada foi o veículo mais vendido em março, com 9.946 unidades emplacadas. Em segundo lugar ficou o Chevrolet Onix (9.548), seguido pelo Fiat Palio (9.232), que segue como o automóvel mais vendido no acumulado do ano.
Confira a lista dos dez veículos mais vendidos em março:
1) Fiat Strada – 9.946 unidades
2) Chevrolet Onix – 9.548
3) Fiat Palio – 9.232
4) Hyundai HB20 – 9.100
5) Fiat Uno – 8.671
6) Volkswagen Gol – 8.351
7) Ford Ka – 8.151
8) Renault Sandero – 7.957
9) Volkswagen Fox/CrossFox – 6.923
10) Volkswagen Saveiro – 6.328
Além do horizonte
Um dos motivos para esse calvário da indústria automobilística nacional está na Argentina, maior importador de automóveis brasileiros e que enfrenta uma grave crise econômica.
Não bastasse a política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff ter sido um fracasso nos últimos quatro anos, apolítica internacional adotada pelo Palácio do Planalto foi pífia no mesmo período, pois priorizou relações com países governados por políticos alinhados ideologicamente.
No caso do Mercosul, o Brasil deu ênfase às relações com Argentina e Venezuela, dois países que derretem à sombra de crise social e sacodem na esteira da bizarrice totalitarista de seus governantes.
