Primeiros indícios – Na manhã desta sexta-feira (3), peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que continuavam recolhendo destroços do helicóptero em que estava o filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Alckmin, e outras quatro pessoas, e que se acidentou em Carapicuíba, na Grande São Paulo, encontraram uma das cinco pás que faziam parte da hélice da aeronave. A pá estava a algumas centenas de metros do local da queda. Segundo peritos da Aeronáutica, a suspeita é de que a perda dessa pá possa ter causado a queda “incrivelmente vertical e rodando” do helicóptero.
O acidente ocorreu às 17h10, em um condomínio do município de Carapicuíba, na altura do km 26 da Rodovia Castelo Branco. A aeronave chegou a atingir duas casas – uma pronta, outra em construção –, e, apesar disso, ninguém em solo ficou ferido.
A investigação deve demorar. De acordo com os peritos, até todos os destroços serem encontrados não é possível apontar uma linha para a causa da tragédia. Além de Thomaz, estavam no helicóptero o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e o mecânico Paulo Henrique Moraes, de 42, ambos da Seripatri, além de Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, de 34, mecânicos da Helipark, empresa de manutenção. Não houve sobreviventes.
O helicóptero era do modelo Eurocopter, ECC 155B1, prefixo PPLLS – apresentava cerca de 4 anos de uso, 600 horas de voo e estava com a “documentação e manutenção rigorosamente em ordem”. O aparelho pertencia à Seripatri Participações, empresa de investimentos de José Seripieri Jr., fundador da Qualicorp, administradora planos de saúde coletivos.
Em nota, a Seripatri afirmou que “neste momento de luto e enorme tristeza para todos (…) está prestando toda a assistência necessária aos familiares das vítimas, bem como já destacou profissionais para acompanhar com as autoridades as investigações do acidente”. (Por Danielle Cabral Távora)