CPI da Petrobras: “ratos” soltos no plenário tumultuam e atrasam depoimento de Vaccari Neto

cpi_petrobras_01Nivelando por baixo – Logo após o secretário de finanças e planejamento do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, chegar, nesta quinta-feira (9), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que investiga a roubalheira na estatal petroleira, um funcionário da Câmara dos Deputados soltou cinco hamsters no plenário.

O ato causou tumulto e alguns deputados pediram o cancelamento dos trabalhos. O servidor (CNE – Cargo de Natureza Especial), lotado na segunda Vice-Presidência da Câmara e já demitido, foi detido pela Polícia Legislativa e os “ratos” recolhidos. Vaccari Neto iniciou o depoimento com a apresentação de com gráficos digitalizados. Apesar da encenação, o tesoureiro petista conseguiu a proeza de exibir gráficos errados.

Suspeito de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de acordo com os principais delatores da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, Vaccari Neto teve de ouvir alguns parlamentares da oposição ressuscitarem o escândalo da Bancoop, entidade que foi presidida pelo petista e desviou dinheiro dos mutuários para o caixa da campanha de Lula, em 2002.

Os delatores (Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef) afirmaram que Vaccari intermediou doações de propina em noventa contratos com fornecedores da Petrobras. O dinheiro teria sido utilizado para financiar campanhas políticas do partido.

De acordo com denúncia apresentada à Justiça Federal pelo Ministério Público Federal, no Paraná, João Vaccari Neto participou de reuniões com Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, nas quais eram acertados os valores de propina que seriam transferidos ao PT como doações legais.

O tesoureiro do PT nega as acusações e diz que todas as doações foram feitas de acordo com a legislação do Tribunal Superior Eleitoral. (Com informações da ABr)

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