Dilma escolhe Luiz Edson Fachin para o STF, mas indicado pode tropeçar no Senado

luiz_fachin_01Rei posto – A presidente Dilma Vana Rousseff, confirmando as especulações dos últimos dias, indicou o jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal. A indicação do novo ministro ainda terá de passar pelo crivo do Senado – Comissão de Constituição e Justiça e Plenário. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), apoiava a indicação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) conversou muito com Renan, nos últimos dias, sobre as “qualidades” de Fachin.

A epopeia em que se transformou a escolha do substituto do aposentado Joaquim Barbosa irritou alguns integrantes do STF, que recentemente criticaram a demora de nove meses. “Foi o tempo de uma gestação”, disse um auxiliar de Dilma. A presidente chegou a ser acusada de “omissão” por alguns ministros do STF, mas a demora foi decorrente da decisão de Dilma de aguardar um momento menos turbulento no Congresso para anunciar a escolha do novo magistrado.

Ao longo dos últimos meses, muitos nomes entraram e saíram da lista de possíveis candidatos à Suprema Corte, dentre eles o tributarista Heleno Torres, o jurista Clèmerson Clève e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Herman Benjamin e Mauro Campbell.

Na segunda-feira, durante encontro com a presidente da República, Renan Calheiros garantiu que apoiaria a indicação de Fachin. Apesar dessa declaração de apoio, o presidente do Senado alertou a petista para uma intifada na chamada base aliada, fato que poderia culminar com uma derrota do Palácio do Planalto nesse caso específico.

Como já noticiado pelo UCHO.INFO, Fachin é próximo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do PT, o que ensejaria uma possível rejeição ao seu nome, que foi sugerido a Dima pelo advogado e ex-deputado petista Sigmaringa Seixas.

Luiz Edson Fachin reuniu-se com o presidente do Congresso Nacional na última quinta-feira (9), ocasião em que o senador alagoano mostrou-se surpreso com o perfil técnico do indicado. O encontro entre Fachin e Calheiros se deu após o senador conversar com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, que na ocasião defendeu a candidatura de o jurista paranaense.

Dilma chegou a ser acusada de “omissão” pela demora na escolha do ministro do Supremo. Ela adiou ao máximo a decisão para esperar um momento de menos turbulência no Senado, por causa da crise política que atravessa o governo.

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