Lava-Jato: prisão de Vaccari abre caminho para o PT perder registro de partido político, afirma Caiado

joao_vaccari_08Sol quadrado – Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) comentou a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na décima segunda fase da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Acusado de articular o desvio de recursos públicos para abastecer o caixa 2 do partido, o tesoureiro nega as acusações. A prisão do responsável pelas finanças petistas, na manhã desta quarta-feira (15), é a segunda de um tesoureiro do PT em menos de cinco anos.

“O PT não tem credencias de partido político, e sim de lavanderia. O partido é reincidente ao ter o tesoureiro Vaccari, sucessor de Delúbio Soares, flagrado e preso por arrecadar dinheiro desviado de empresas públicas para alimentar suas campanhas e encher os bolsos de seus dirigentes”, comentou o democrata.

Para Caiado, a reincidência de irregularidades no alto escalão da legenda é suficiente para colocar em suspeição a legitimidade do grupo partidário e da reeleição da presidente Dilma Rousseff, que continua evitando falar sobre o Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história.

“Diante desse cenário, tudo caminha para que o PT perca o registro de partido político. E, comprovado que a presidente Dilma foi beneficiada por esse esquema em suas campanhas, será mais que suficiente para ela perder o mandato por corrupção”, afirmou o parlamentar.

Delação premiada

Na opinião de Ronaldo Caiado, a única oportunidade de João Vaccari Neto se livrar de uma punição máxima entre os envolvidos na Operação Lava-Jato seria em um acordo de delação premiada, na qual poderia ajudar a Polícia Federal a chegar aos verdadeiros chefes e mentores do Petrolão.

“Vaccari tem a chance de falar a verdade e não arcar sozinho com as consequências. Pode denunciar os verdadeiros chefes desse esquema”, sugeriu.

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