Sem saída – Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE) apresentará na Comissão de Finanças e Tributação requerimento convidando os presidentes do Postalis e do Petros, fundos de pensão dos funcionários dos Correios e da Petrobras, respectivamente, para discutir o rombo nas duas entidades.
Os dois fundos de pensão, que têm cerca de 200 mil contribuintes, já amargam um prejuízo de quase R$ 12 bilhões. No caso do Postalis, maior fundo de previdência do País, a previsão é de que os funcionários dos Correios sejam descontados em cerca de 25% de seus salários, já a partir deste mês, por um período de 15 anos, para cobrir o déficit causado pela má administração dos controladores.
Em outro vértice do escândalo que é caso típico de polícia, participantes do Postalis já fazem contribuições extras desde 2013 para cobrir um rombo de R$ 1 bilhão decorrente de anos anteriores. Os contribuintes do Petros terão sacrifício semelhante, por culpa exclusiva da incompetência de gestores postos lá por indicação política do governo federal.
Para o líder oposicionista, os fundos de pensão têm sido usados para “drenagem” de recursos. “Está claro que gestores dos fundos de pensão agiram de forma ilegal, usaram a Petros e o Postalis para alimentar uma teia de financiamentos ilegais”, afirma.
Mendonça disse também que se empenhará para viabilizar a criação de uma CPI dos Fundos de Pensão na Câmara dos Deputados, acrescentando que não é justo que “os trabalhadores paguem a contam por esses erros”.
Não é de hoje que os fundos de pensão são verdadeiras masmorras onde repousam os tentáculos do banditismo político e sindical, cenário que serve para rechear as carteiras daqueles que deveria zelar pelo suado dinheiro dos participantes do programa de previdência, mas se deixam levar pela corrupção na esteira de investimentos de idoneidade duvidosa.
