Deputada quer a convocação de executivos da Camargo Corrêa citados em delação

eduardo_leite_01Banco dos réus – A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) afirmou que solicitará na reunião da CPI da Petrobras, marcada para a próxima quarta-feira (22), a convocação do ex-presidente da Camargo Corrêa, Antonio Carlos Miguel, e do atual diretor de óleo e gás da empresa, Paulo Augusto Santos Silva. De acordo com declarações prestadas à Justiça por delatores do esquema, os executivos da empreiteira teriam participado de pagamentos de propinas e subornos.

Eliziane Gama defendeu aprofundamento das investigações relacionadas a participação das empreiteiras nos esquemas de corrupção que atingiram a Petrobras. Para ela, a revelação de novos nomes, incluindo de executivos que ainda se encontram na ativa, demonstra a profundidade do envolvimento das empresas.

“As delações feita por Dalton Avancini e de Eduardo Leite, pessoas da alta cúpula da Camargo Corrêa, evidenciam a complexidade do envolvimento das empreiteiras nesse negócio sujo que assaltou os cofres da Petrobras. A CPI tem o dever de investigar todos aqueles que forem citados e considerados suspeitos. Na quarta-feira iremos apresentar o pedido de convocação dos dois executivos. Além disso, analisaremos os nomes de outros que porventura tenham sido apontados como participantes do esquema. Queremos e devemos passar toda essa história a limpo pelo bem da maior empresa do Brasil”, defendeu.

Pagamento de propinas

De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, e o vice-presidente, Eduardo Hermelino Leite, teriam citado o pagamento de propinas relacionadas a 10 obras executadas pela empresa. Nas delações, ambos mencionam nomes de executivos que integravam o esquema e, que em alguns casos, continuam em cargos de direção da empreiteira. Entre eles, Antonio Carlos Miguel e Paulo Augusto Santos Silva.

Em depoimento prestado aos integrantes da força-tarefa da Lava-Jato, no vácuo de acordo de delação premiada, Eduardo Leite disse que a empreiteira pagou, ao longo de sete anos, aproximadamente R$ 110 milhões em propinas para conseguir contratos com a Petrobras.

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