Fechando os olhos – Se Anderson Silva conseguir a classificação para a disputa no taekwondo, poderá disputar a medalha na modalidade nas Olimpíadas do Rio de Janeiro no próximo ano. Isso porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Agência Mundial Antidoping (Wada) não levaram em consideração o doping do atleta no UFC. Segundo as entidades, elas não têm jurisdição sobre o caso.
Silva foi flagrado em exames aplicados pela Comissão Atlética de Nevada, que regulamenta o UFC, mas nenhuma das duas instituições é signatária do Código Mundial Antidoping, que controla a elegibilidade olímpica.
“Neste caso, a Agência Mundial Antidoping não proíbe o atleta de competir no Rio no taekwondo, porque o referido teste não foi conduzido por um signatário do nosso código. A Agência Mundial Antidoping reconhece as sanções aplicadas apenas pelos signatários do código”, declarou a Wada.
Sobre a elegibilidade de Anderson Silva e a aprovação de atletas flagrados em doping, o COI foi bastante direto: “As perguntas devem ser dirigidas à Federação Mundial de Taekwondo, que é o órgão responsável pelo assunto”.
O ex-campeão dos médios foi pego em dois testes antidoping relativos ao UFC 183, com ansiolíticos e anabolizantes em seu organismo. O lutador de MMA foi suspenso preventivamente e deve ter sua luta alterada para “No Contest” (sem resultado), anulando o que era uma vitória por pontos sobre Nick Diaz.
Anderson Silva aguarda julgamento no próximo mês para definir o caso e, provavelmente, pegará um gancho estimado entre nove e dezoito meses de afastamento dos octógonos oficiais do UFC. (Por Danielle Cabral Távora)