Adversários do governo petista de Dilma Rousseff reforçam posição contra as MPs do “ajuste do mal”

dilma_rousseff_524Sem chance – Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE) reafirma posição contrária às Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que alteram as regras de concessão da pensão por morte ao cônjuge de segurado da Previdência Social e as regras para concessão do seguro-desemprego e abono salarial.

“Ameaças não vão mudar meu posicionamento”, afirmou. O partido vai obstruir a votação da MP 665, cuja votação no Plenário da Câmara está prevista para esta terça-feira.

Articulador político do governo, vice-presidente Michel Temer afirmou que se não houver o ajuste previsto nas duas MPs, o contingenciamento do orçamento da União será muito maior.

Além das medidas provisórias, o governo tenta impor as medidas do ajuste fiscal – ou ajuste do mal – por meio do Projeto de Lei (PL) 863, que onera a folha de pagamento concedido a 56 segmentos econômicos.

Mendonça Filho lembra que a classe média e o setor produtivo estão pagando pelo ajuste proposto pela presidente Dilma Rousseff, em um cenário de elevação da carga tributária e déficit nas contas públicas.

“Nós estamos vivendo a irresponsabilidade da gestão Dilma-Mantega”, afirmou, citando outros indicadores negativos: inflação de 8% ao ano, recessão econômica de 1,5% em 2015, desemprego recorde, todos associados à queda na confiança por parte dos trabalhadores e dos empresários.

O líder do Democratas afirmou que a bancada do partido manterá posicionamento contrário às MPs 664 e 665 “enquanto o governo não apresentar um programa concreto para corte de gastos e de combate à corrupção. Sobre este item, o parlamentar lembrou que só na Petrobras as perdas somaram R$ 50 bilhões, considerando os desvios investigados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato e os investimentos que não renderam o esperado.

Não se pode esquecer que a ex-presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, enquanto no cargo, disse que o prejuízo da estatal com a roubalheira patrocinada pelo PT chegou a R$ 88 bilhões. A afirmação de Foster desagradou os palacianos, em especial a presidente Dilma Rousseff, e selou a sua saída do comando da estatal.

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