Medo crescente – Preso na esteira da Operação Lava-Jato por conta de fraudes em contratos do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal, o ex-petista André Vargas Ilário, que teve o mandato parlamentar cassado em 2014, enfrenta situação de extrema dificuldade, a ponto de seus parceiros de negociatas estarem vivendo dias de tensão.
Longe da arrogância que destilava nos tempos em que estava à frente da vice-presidência, Vargas está na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde está à disposição do juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava-Jato.
Sócio de Vargas na IT7, empresa de tecnologia da informação que flanava na Esplanada dos Ministérios com considerável tranqüilidade, Marcelo Simões ficou assustado com a prisão do companheiro de negócios e, segundo informações obtidas pelo UCHO.INFO na capital dos brasileiros, Marcelo Simões teria saído do Brasil diante da possibilidade de ter o mesmo fim do sócio.
Como as questões envolvendo André Vargas já saíram da esfera da publicidade, cenário que piorou com a prisão de Ricardo Hoffmann, o próximo passo da força-tarefa da Lava-Jato é a área da tecnologia da informação. Diante da possibilidade crescente de a qualquer momento contemplar o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinta, Simões teria aproveitado o nascimento da princesa Charlotte Elizabeth Diana, bisneta da rainha Elizabeth, e rumado para a terra do “Big Ben”.
Em outra ponta do imbróglio está um rico empresário de Brasília, de nome Alceu e conhecido pelas iniciais AMJ, que em passado recente emprestou em diversas ocasiões seu jatinho para Vargas cruzas o Brasil pelos ares em busca de apoio à sua caminhada rumo à vice-presidência da Câmara. O tal empresário também está amedrontado e pode a qualquer momento deixar o País. Só não se sabe se essa viagem repentina acontecerá em avião de carreira, usado pelos reles mortais, ou se na aeronave particular.
Outra pessoa que tem perdido seguidas noites de sono é uma ex-assessora de André Vargas, conhecida nos bastidores do poder como a operadora do ex-deputado petista. A intimidade e a confiança que embasava a relação entre o então parlamentar e a ex-assessora era tamanha, que há quem garanta que não foi obras do acaso a cantoria de Nelma Kodama durante depoimento à CPI da Petrobras, nesta terça-feira (12). Na presença dos membros da CPI, Kodama cantarolou “Amada Amante”, sucesso de Roberto Carlos.
