Sabatina de Fachin já dura quase doze horas e votação em plenário ficará para a próxima semana

luiz_fachin_03Tirando o fôlego – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que somente na próxima terça-feira (19) levará a plenário o nome do jurista Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente da República para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. O advogado foi sabatinado nesta terça-feira (12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “A prudência recomenda esse calendário”, afirmou o peemedebista.

Às 21h30, horário de fechamento desta matéria, a sabatina de Fachin já caminhava para a décima segunda hora. A estratégia da oposição era deixar a conclusão da arguição para o dia seguinte, como forma de cansar o indicado.

A decisão de Calheiros, de votar o tema em plenário dentro de uma semana, contraria a vontade do governo, já que o Palácio do Planalto queria que o assunto fosse resolvido até no máximo quinta-feira. Para tanto, líderes da base aliada chegaram a anunciar que pediriam urgência para que a votação acontecesse logo nesta terça ou no máximo na quarta-feira. Apesar disso, o presidente da Casa mostrou-se contrariado quando questionado sobre o assunto e não respondeu como agiria se isso realmente acontecesse.

O gesto demonstra que, mesmo após Renan e Dilma Rousseff terem viajados juntos para o enterro do senador Luiz Henrique (PMDB), em Santa Catarina, o presidente do Senado não se deixou sensibilizar com a tentativa de reaproximação da petista.

No início desta semana, a informação era de que o peemedebista adiaria a apreciação do nome de Fachin em plenário para prolongar o desgaste que o tema tem causado ao governo do PT. De acordo com aliados do presidente do Senado, Calheiros não trabalha contra a aprovação do jurista, no entanto também não é do seu interesse dar uma vitória fácil do governo.

A decisão também atenderia a um apelo de senadores tucanos, que não poderiam participar da votação porque estão em viagem para fora do País. Alguns integrantes da cúpula do tucanato viajaram a Nova York para engrossar a claque de Fernando Henrique Cardoso, que mesmo sem ter feita algo pelo Brasil foi homenageado com o titulo de “Home do Ano”, ao lado do colega ianque Bill Clinton.

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