Caiado questiona ex-assessor de Marco Aurélio Garcia que flerta com vaga de representante na OEA

marco_aureliog_11Ação entre amigos – O senador Ronaldo Caiado (GO) questionou nesta quinta-feira (14) as credenciais do ex-assessor de Marco Aurélio Garcia, Guilherme Patriota, candidato a representante do Brasil na Organização de Estados Americanos (OEA).

Em sabatina de Patriota na Comissão de Relações Exteriores, o líder do Democratas no Senado criticou duramente a postura de Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência da República, que age como chanceler genérico do governo brasileiro. O senador lamentou a decadência da atuação do Itamaraty durante os doze anos do governo do PT, que deixou a diplomacia do País nas mãos do defensor do Foro de São Paulo no Brasil.

“A decadência da independência do Itamaraty é algo que muito nos preocupa. O comando da política externa está nas mãos de Marco Aurélio Garcia, que tem colocado país em situações constrangedoras, como a mostrada na reportagem da TV Bandeirantes em que ele foi responsável por decidir os termos e até o salário dos médicos cubanos que atuam no programa Mais Médicos, que foram ´sequestrados´ e ficam presos em território brasileiro. Situação em que assessores do Ministério da Saúde e da OPAS falam claramente em deixar o Itamaraty de fora do acordo porque iria ‘atrapalhar’”.

“Será que todos os acordos internacionais sobre direitos humanos as quais o Brasil é signatário têm validade seletiva? Não são aplicados para países alinhados ideologicamente ao senhor Marco Aurélio Garcia?”, pontuou Caiado.

Em suas perguntas, o parlamentar ainda mencionou o caso do ministro venezuelano que esteve no Brasil sob alegação de tratamento de saúde para firmar acordo com o Movimento dos Sem Terra (MST) sem o conhecimento do Itaramaty. “Um ministro vem o Brasil sob alegação de tratamento de saúde e quando retorna a Caracas faz uma coletiva para anunciar que fechou um acordo com o MST para troca de experiência. Para minha surpresa, quando fiz uma consulta ao Itamaraty para saber quais os termos do acordo com uma organização que não tem CNPJ nem personalidade jurídica, recebi a resposta de que o MRE nem tinha conhecimento da vinda do ministro venezuelano”, afirmou.

“Casos como esse do Mais Médicos quebra a história do Brasil marcada pela competência da nossa diplomacia. Nossos embaixadores sempre foram referência em todo o mundo. Infelizmente, não obtivemos respaldo da própria OEA quando pedimos apoio pelos médicos cubanos tratados como mercadoria no Brasil. A atuação de Marco Aurélio Garcia diante da formatação do Mais Médicos resume a triste realidade da política externa brasileira na era PT”, concluiu.

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