Emprego na indústria cai 0,6% em março; é o 42º resultado negativo consecutivo do indicador

industria_17Radiografia da crise – A indústria brasileira fechou vagas e pagou menos horas aos empregados em março deste ano. Este é mais um sinal de esfriamento da atividade econômica, o que confirma mais uma vez a grave crise que vem chacoalhando o País. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o emprego na indústria recuou 0,6% na passagem de fevereiro para março, o terceiro resultado negativo consecutivo. Em doze meses, o indicador teve queda de 3,9%.

Na comparação entre março deste ano e do ano passado, o emprego industrial apontou queda de 5,1%, o recuo mais intenso desde outubro de 2009 (-5,4%). É o 42º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação.

No acumulado do primeiro trimestre, o emprego na indústria recuou 0,7% na comparação com os últimos três meses de 2014 e cedeu 4,6% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

De acordo com o IBGE, na comparação interanual foram registradas reduções no contingente de trabalhadores em todos os 18 ramos avaliados no período, com destaque para meios de transporte (-10%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-12,1%), produtos de metal (-10,2%), máquinas e equipamentos (-6,1%), alimentos e bebidas (-2%) e outros produtos da indústria de transformação (-8,1%).

O número de horas pagas pela indústria recuou 0,3% em março ante fevereiro. Já na comparação com março de 2014, a redução no indicador foi de 5,1%, a 22ª taxa negativa nesse tipo de comparação. No confronto com março de 2014, 16 dos 18 setores apontaram taxas negativas.

Com o resultado de março, o número de horas pagas na indústria acumulou queda de 0,4% no primeiro trimestre contra o último trimestre do ano passado. Já na comparação com os três primeiros meses de 2014, o recuo foi de 5,2%, a 12ª taxa negativa seguida nesta comparação. Em 12 meses até março, o número de horas pagas na indústria cai 4,6%.

Em meados de 2005, o UCHO.INFO alertou o governo do PT para o perigo dos primeiros passos de um processo de desindustrialização, mas, à época, os palacianos estavam preocupados em tirar o então presidente Luiz Inácio da Silva do olho do furacão em que se transformou o escândalo do Mensalão do PT, que poderia tirar o mandato do petista.

O tempo passou e o estrago promovido pela gestão petista aumentou de tamanho de forma assustadora, fazendo com que os empresários da indústria mergulhassem em um oceano que mescla incertezas, desconfiança e desânimo. A situação e tão grave, que algumas indústrias estão lucrando com a venda de energia elétrica adquirida com antecedência e com preço abaixo do mercado. Como disse certa feita um conhecido e fanfarrão comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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