Passo atrás – Nesta quarta-feira (20), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, suspendeu um plano piloto que previa a segregação de palestinos e israelenses em ônibus da Cisjordânia. Após várias críticas, a decisão evitará a primeira crise em seu novo governo. A proposta era do ministro da Defesa, Moshe Ya’alon, e foi classificada por Netanyahu de “inaceitável”, por isso os dois decidiram congelar o plano.
Após diversas queixas de judeus que utilizam o transporte público dizendo que os trabalhadores palestinos ameaçam a segurança e muitas vezes assediam as israelenses, a proposta de Ya’alon era um programa de três meses. Milhares de palestinos saem da Cisjordânia com autorizações especiais para trabalhar em Israel.
De acordo com o projeto, os palestinos teriam de voltar para a Cisjordânia pelo mesmo posto de controle que entram no país e não poderiam retornar nos mesmos ônibus que os israelenses.
Muitos críticos protestaram contra o plano, dizendo que o programa é racista e que prejudicaria a imagem de Israel ao redor do mundo.
“A separação entre palestinos e judeus no transporte público é uma humilhação desnecessária e uma mancha na face do país e de seus cidadãos”, afirmou o líder da oposição, Isaac Herzog. “Ele acrescenta combustível desnecessário para a fogueira de ódio contra Israel no mundo”, alertou. (Por Danielle Cabral Távora)