Situação de Joaquim Levy no governo petista é cada vez pior e crescem rumores sobre sua saída

joaquim_levy_02Cronômetro acionado – Na política nada acontece por acaso, assim como inexistem coincidências. Quando um governante sai, repentinamente, em defesa de assessor ou auxiliar, por certo o processo de fritura do defendido está em fase muito mais avançada do que se imagina. Há dias, o UCHO.INFO afirmou que é de puro desconforto a situação do ministro Joaquim Levy (Fazenda) na equipe econômica do governo.

Com a economia brasileira vivendo uma grave crise por causa dos muitos e seguidos desacertos do primeiro governo de Dilma Rousseff, escolher o primeiro e melhor caminho para reverter o cenário é missão quase impossível. Levy vem apostando no plano de ajuste fiscal como forma de salvar o País, mas é preciso reconhecer que até o momento, desde a sua chegada à Fazenda, não houve qualquer sinalização de que a economia está sendo analisada e projetada de maneira macro e com perspectivas de longo prazo. O máximo que se conseguiu até agora foi informar à população que o arrocho durará pelo menos dois anos.

Com esse posicionamento diante da crise, Joaquim Levy começa a enfrentar resistências políticas, além de ter conseguido acionar a peçonha da opinião pública. No Congresso Nacional, onde as Medidas Provisórias do pacote de ajuste fiscal foram aprovadas debaixo do rolo compressor do Palácio do Planalto, a situação de Levy não é das melhores. Enquanto o PMDB trabalha de olho em 2018 e começa a torpedear o ministro da Fazenda para inviabilizar o governo Dilma, o PT age nos bastidores para pavimentar o caminho para mais uma candidatura do lobista Lula.

No anúncio dos cortes no Orçamento de 2015, Joaquim Levy não deu as caras e justificou sua ausência com a desculpa de uma forte gripe. É fato que nessa época do ano o vírus da gripe age com tranquilidade, mas uma medida tão importante precisava da presença do ministro da Fazenda. O não comparecimento de Levy no evento foi bastante o suficiente para reacender as polêmicas que sobram no mercado financeiro acerca de uma possível saída do titular da Fazenda.

A situação de Levy torna-se cada vez mais desconfortável, assunto que tem recebido o empenho do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o irrevogável, conhecido por muitos como um economista frustrado que em várias ocasiões quase chegou ao comando da economia brasileira, o que não aconteceu por conta dos desentendimentos com Lula e da falta de confiança de Dilma.

Enquanto Joaquim Levy vive um inferno astral turbinado pela classe política, que mira as eleições presidenciais de 2018, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ganha a simpatia de setores do PMDB e do PT, enquanto cai na armadilha montada por Mercadante.

Como vem alertado o UCHO.INFO nos últimos anos, a economia foi atropelada pela incompetência do governo – leia-se Dilma Rousseff e Guido Mantega – e agora precisa de medidas urgentes e radicais para não deixar o País mergulhar na vala da paralisação e descrédito. Imaginar que um país com dimensões continentais e problemas na mesma proporção pode sair da crise econômica em quês e encontra apenas com um pacote de ajuste fiscal e corte de quase 20% dos investimentos em infraestrutura, por exemplo, é querer brincar com a parcela incauta da população.

Como disse certa feita um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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