Inflação acumulada em doze meses atinge 8,47%, maior índice desde maio de 2003, e reforça a crise

crise_economica_21Harakiri tropical – Durante a corrida presidencial de 2014, a petista Dilma Rousseff, sem qualquer rubor facial, disse que a inflação oficial no Brasil estava próxima de zero e que o País entraria novamente na rota do crescimento econômico, como se isso fosse possível e fácil como o acionamento do interruptor de luz da sala de jantar. A então candidata sabia que estava mentido de forma acintosa, mas preferiu seguir a orientação dos marqueteiros, sempre competentes quando o assunto é embrulhar o engodo em papel de presente.

Ao contrário do que afirmou a presidente da República, que ao longo dos quatro anos do primeiro mandato conseguiu a proeza de arruinar a economia nacional, a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está em rota de ascensão. É o que mostra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em recente levantamento detectou que a inflação teve aceleração em maio, chegando, no acumulado de doze meses, à incrível marca de 8,47%, índice acima do centro da meta fixada pelo governo, que é de 4,5%.

Considerando o acumulado de doze meses, trata-se da maior taxa desde dezembro de 2003 (9,3%), época em que os petistas insistiam em falar na malfadada “herança maldita”, assunto que atualmente nenhum palaciano ousa cogitar, pois a maldição reinante é fruto da incompetência de Dilma Rousseff. Os números apurados pelo IBGE suplantaram a expectativa dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela agência Bloomberg, que apostavam em inflação de 0,59% em maio e de 8,30% no acumulado de doze meses. Em outro vértice do caos, nos cinco primeiros meses do ano a inflação acumulou alta de 5,34%, mais alto índice desde maio de 2003 (6,80%).

“O avanço é basicamente por causa de preços administrados e, por dentro, da energia elétrica, embora tenha contribuição dos alimentos”, declarou Eulina Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE.

Diferentemente do que afirmam os integrantes da equipe econômica, assim como fala a presidente da República, encontrar uma solução para a grave crise que afeta a economia brasileira não é tarefa tão simples. Ou seja, a população deve estar preparada para um período mais longo de agruras e de aperto dos cintos, já que a o governo vem utilizando o medicamento errado e em dose exagerada para tratar um quadro de infecção generalizada.

A situação econômica atual coloca por terra qualquer expectativa positiva por parte dos palacianos, pois a alta da resistente inflação compromete ainda mais o poder de compra do salário do trabalhador, que novamente terá de reduzir o consumo, o que, por consequência, afeta a arrecadação tributária. Em outras palavras, Dilma sabe que ela própria colocou o gato no telhado, mas prefere não olhar para cima como forma de evitar a contemplação de uma tragédia anunciada.

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