Lava-Jato: investigado quer delação e diz que dois envolvidos receberam R$ 2 mi em troca de partido

dinheiro_88Dando o troco – Engana-se quem pensa que estão chegando ao fim as investigações da Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2014. Há no espectro da operação muitos escândalos a serem revelados, o que pode acontecer a qualquer momento por causa da discórdia que começa a surgir entre alguns dos investigados.

Um dos políticos que constam da fatídica lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, conversou com o editor do UCHO.INFO pela segunda vez. Em ambas as ocasiões o investigado disse que, dependendo da continuidade do abandono, poderá contar o que sabe sobre o maior escândalo de corrupção da história.

Sob a condição de sigilo, o nosso interlocutor afirmou que outros alvos da Lava-Jato continuam fazendo negócios e que ficaram milionários em questão de pouco mais de quatro anos. Considerando que nosso entrevistado corre o risco de ser condenado, uma possível delação premiada não está descartada, o que faria com que a Lava-Jato reforçasse o fôlego e descobrisse muito mais escândalos do imaginam os integrantes da força-tarefa.

Entre os investigados que viraram as costas para o nosso interlocutor, pelo menos dois, no passado, trocaram de partido mediante de pagamento em dinheiro. Conforme apurou o site, ambos receberam R$ 150 mil cada a título de luvas, alem de R$ 30 mil mensais durante três anos. Depois dessa troca de camisas partidárias, os dois parlamentares, que fazem parte do grupo de políticos que dão as cartas no Congresso Nacional, tiveram evolução patrimonial tão meteórica quanto estratosférica. A grande questão é que o dinheiro que patrocinou a troca de partido era proveniente do superfaturamento de contratos com a Petrobras.

Depois dessa troca de camisas partidárias, os dois parlamentares, que fazem parte do grupo de políticos que dão as cartas no Congresso Nacional, tiveram evolução patrimonial tão meteórica quanto estratosférica.

Para piorar, esses dois políticos “venderam” colegas de parlamento para os criminosos que agiam deliberadamente na Petrobras e ficaram com o dinheiro da propina, sem repassá-lo aos que tiveram os respectivos nomes usados para justificar (sic) o assalto aos cofres da estatal.

Desse pequeno grupo de políticos que estão na mira de Rodrigo Janot, todos continuam fazendo negócios ilegais nos bastidores com a explícita anuência do Palácio do Planalto. E faturando milhões de reais com crimes variados, como corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

A operação criminosa é muito frágil e pode desmoronar a qualquer instante, principalmente se o abandonado interlocutor decidir aderir à delação premiada. Se um décimo do que foi relatado ao editor do site chegar às autoridades da Lava-Jato, o Congresso será uma terra arrasada. Sempre lembrando que o editor foi um dos que denunciaram o esquema de corrupção que culminou com a operação da PF.

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