Em congresso petista, com apoio de Dilma Rousseff, ministro da Saúde discute retorno da CPMF

arthur_chioro_07Mãos ao alto – O ministro da Saúde, Arthur Chioro, negocia com governadores um modelo de arrecadação de recursos para o setor inspirado na CPMF, o malfadado imposto sobre o cheque, cujos valores eram destinados integralmente à saúde e foi extinto em 2007, com o apoio da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), atualmente ministra da Agricultura. Chioro tem o aval da presidente Dilma Rousseff para seguir na empreitada.

Nesta sexta-feira (12), durante o 5º Congresso do PT, em Salvador, o ministro afirmou que já conversou com a maioria dos governadores sobre a proposta. Uma das ideias é estabelecer piso de movimentação financeira sobre a qual incidiria a taxação. “É preciso dar sustentabilidade ao sistema”, ressaltou o ministro. “E o partido já mostrou o caminho”, completou.

O objetivo do governo petista é apresentar uma sugestão no segundo semestre, durante a Conferência de Saúde. O ministro da Secretaria- Geral da Presidência, Miguel Rossetto, explica que, embora inclua uma possível volta da CPMF, “essa é uma discussão em aberto”. A proposta será debatida em julho num encontro de governadores do Nordeste, no Piauí.

A volta do imposto do cheque, cujos recursos eram totalmente destinados à área da saúde, é defendida pela ala majoritária do PT, a corrente Partido que Muda o Brasil. Inclusive, a chapa apresentou na terça-feira passada, documento que propõe o retorno do tributo.

O documento será submetido, nesta sexta, aos 800 delegados petistas que participam do congresso nacional do partido, em Salvador. “Somos favoráveis à retomada da contribuição sobre movimentação financeira, um imposto limpo, transparente e não cumulativo, como uma nova fonte de financiamento da saúde pública”, afirma o documento, elaborado pelo presidente do PT, Rui Falcão, e integrantes da Executiva Nacional do partido.

Não se pode esquecer que a chapa “Partido que Muda o Brasil” representa quase 54% da sigla que na última década notabilizou-se pelo desenfreado banditismo político. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

apoio_04