Problemas de sobra – Contrariando a afirmação da presidente Dilma Vana Rousseff, feita ao apresentador Jô Soares, da Rede Globo, de que o Brasil não está doente em termos econômicos, o Banco Central trouxe na manhã desta segunda-feira (15) novos dados desanimadores acerca da economia nacional.
De acordo com o Boletim Focus, que na última semana ouviu os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 deve piorar ainda mais. Segundo os especialistas, o PIB deve encerrar o corrente ano com retração de 1,35%, contra 1,30% do levantamento anterior. Trata-se da quarta queda consecutiva do indicador, o que mostra que a economia brasileira terá sérias dificuldades para se recuperar, diferentemente do que afirmam os palacianos.
Caso seja confirmada a previsão dos analistas para o PIB, o Brasil terá o pior resultado da economia dos últimos 25 anos, ou seja, desde 1990, quando o índice registrou queda de 4,35%.
Foi a quarta queda seguida deste indicador. Até então, a estimativa do mercado era de um recuo de 1,30%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
O cenário piora sobremaneira quando analisada a previsão para inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O Boletim Focus mostra que os profissionais do mercado financeiro apostam em inflação na casa de 8,79% ao ano, contra 8,46% da estimativa anterior. Trata-se da nona alta seguida do indicador. Se confirmada a aposta do mercado para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior nível desde 2003, quando bateu em 9,3%.
Em relação à taxa básica de juro, os economistas também estão desanimados, prevendo que a Selic deverá chegar a 14% ao ano. No início de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic para 13,75%, decisão justificada pela necessidade de forçar a inflação na direção do centro da meta, que é de 4,5%. No mercado há quem aposte em nova elevação da Selic na casa de meio ponto percentual, até o final deste ano, o que faria com que a taxa chegasse a 14,25%.
Quando o UCHO.INFO afirma que o governo petista de Dilma Rousseff erra enormemente ao tentar reverter a crise a partir do programa de ajustes fiscais, não o faz sem conhecimento de causa, mas com base em preceitos básicos de economia. No momento em que a cada reunião do Copom a Selic é elevada, os brasileiros precisam estar cientes de que a dívida do Estado, como um todo, aumenta na mesma proporção. Isso significa a necessidade de mais dinheiro para o pagamento da dívida e menos para investimentos.
O estrago promovido pelo PT ao longo dos últimos doze anos e meio foi enorme e deve continuar até o final 2018, fazendo com que o Brasil mergulhe cada vez mais em um oceano de problemas econômicos, os quais só serão solucionados com o esforço contínuo dos cidadãos de bem, durante pelo menos cinco décadas. Como disse certa feita um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.