Por um fio – Afastada do noticiário nacional nos últimos dias, a Operação Lava-Jato, que desmontou o maior esquema de corrupção da história da humanidade, o Petrolão, está prestes a ganhar um estrondoso capítulo, que certamente produzirá efeitos colaterais além das fronteiras verde-louras.
De acordo com o que apurou o UCHO.INFO, esquema criminoso pilotado por um dos investigados e presos deve cair como bomba nos Estados Unidos, onde está sediada a empresa pagadora de propina milionária a um brasileiro que facilitou negócios com órgãos do governo.
Para fornecer softwares a alguns órgãos do governo, comandados por um dos alvos da Lava-Jato, a empresa norte-americana se rendeu ao achaque e aceitou pagar a milionária propina em três polpudas parcelas. Para que os leitores do site compreendam a extensão do crime, o dinheiro imundo foi suficiente para comprar uma mansão em condomínio de luxo de Londrina (Alphaville) e um nababesco apartamento de cobertura no setor Noroeste de Brasília.
Enquanto o dono da mansão de Londrina está na mira da Polícia Federal e do juiz Sérgio Fernando Moro, o proprietário do apartamento na capital dos brasileiros continua levando a vida como se nada de errado tivesse cometido. O editor do site está no encalço da dupla e em breve poderá explodir mais um escândalo de corrupção, que só aconteceu porque o Palácio do Planalto foi conivente com a bandidagem institucionalizada.
Para esclarecer aos leitores, os Estados Unidos punem com severidade os que cometem atos de corrupção, com base na “Foreign Corrupt Practices Act” (FCPA), rígida e implacável lei anticorrupção norte-americana.
A “FCPA” foi criada para punir empresas estadunidenses que subornam funcionários públicos em outros países, mas por causa da globalização do mercado financeiro também é aplicada a empresas internacionais que têm ações listadas em bolsas de valores nos Estados Unidos.
No caso de a força-tarefa da Lava-Jato levar adiante o escândalo, o mundo da tecnologia saberá como funciona o fornecimento de produtos e serviços ao governo brasileiro. No rastro do escândalo, que pode vir à tona a qualquer momento, ao menos um mito dos negócios globais desaparecerá com a mesma facilidade de um castelo de areia em meio a furacão. É uma questão de tempo e paciência.
