Dilma abandona senadores brasileiros em Caracas, mas recebeu chefe do tráfico na Venezuela

dilma_maduro_01Ditador genérico – Os senadores brasileiros que foram à Venezuela para visitar presos políticos que fazem oposição ao ditador Nicolás Maduro decidiram voltar ao Brasil diante da impossibilidade de cumprir a agenda programada. Os parlamentares foram alvo de protestos organizados pelo próprio governo venezuelano, o que reforça o totalitarismo comunista ancorado por Maduro.

Integrante da comitiva de senadores, o mineiro Aécio Neves informou, por meio de sua assessoria, que o grupo tentou ir à penitenciária onde encontram-se presos os adversários do Palácio de Miraflores, mas o congestionamento, provocado pela interdição de vias, impediu que o ônibus seguisse viagem.

É importante frisar que o comportamento do governo brasileiro, passivo e criminoso, em especial da presidente Dilma Rousseff, faz com que o País se agache diante de um ditador bandoleiro, que cumpre ordens de Havana. A hostilidade enfrentada pelos senadores brasileiros foi orquestrada por Maduro com o Palácio do Planalto, que nada fez para garantir a segurança física e diplomática dos parlamentares.

Como mencionado em matéria anterior, Dilma se acovardou diante da bizarrice bolivariana que teve lugar em Caracas, apenas porque Nicolás Maduro é mais um dos muitos protagonistas da esquerda latino-americana, que vem assolando a região de forma acachapante.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que também participa da comitiva, informou que os parlamentares tentaram sair da região do aeroporto de Caracas, mas acabaram desistindo por causa das dificuldades. “Ficamos por quase meia hora tentando sair das cercanias do aeroporto, mas fomos impedidos. Ouvimos duas justificativas esfarrapadas. A primeira foi a de que o impedimento se deu por causa do transporte de um prisioneiro vindo da Colômbia. A segunda foi um acidente. Por essa razão, decidimos voltar ao aeroporto e esperar que se resolva esse imbróglio”, postou o senador tucano em uma rede social.

Informada sobre o episódio, Dilma adotou postura irresponsável ao deixar de defender os direitos dos senadores brasileiros, que foram à Venezuela cobrar a libertação dos prisioneiros políticos e a convocação de eleições parlamentares. No contraponto, Dilma recebeu em palácio o chefe do tráfico de drogas na Venezuela, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional venezuelana.

Para quem não se recorda, Cabello, que é investigado pelo FBI por sua ligação com o tráfico internacional, recebeu passe livre do governo brasileiro e transitou pelo País com tranquilidade e sem qualquer impedimento. Ou seja, o desgoverno de Dilma Rousseff recebe um dos barões do tráfico de drogas com pompas e circunstâncias, mas abandona em solo estrangeiro os senadores que foram defender as liberdades democráticas.

Em outro vértice da confusão há o escândalo da babá do filho de Elías Jaua, ministro das Relações Exteriores e vice-presidente do Desenvolvimento do Socialismo Territorial da Venezuela. No último dia 24 de outubro de 2014, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, um revólver calibre 38 (municiado) foi encontrado com Jeanette Del Carmen Anza, detida por tráfico internacional de armas. Também foram encontrados diversos documentos de doutrinação política e ideológica. Em depoimento, Jeanette declarou que todo o material era de propriedade do ministro venezuelano, que na ocasião já se encontrava no Brasil.

Quatro dias após a ocorrência, no dia 28, o site do Ministério do Poder Popular para as Comunas e Movimentos Sociais da Venezuela noticiou que Jaua fechou “uma série de acordos nas áreas de formação e desenvolvimento da produtividade comunal entre o Governo Bolivariano e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil – MST, em Guararema, estado de São Paulo”.

Além disso, o governo venezuelano noticiou à época da confusão que o “Ministro para as Comunas e os Movimentos Sociais indicou que os convênios têm como objetivo incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências de formação ‘para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação, a consciência e a organização do povo para defender o que logrou e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista’”.

Resumindo, a presidente Dilma Rousseff desrespeita de forma inequívoca a Constituição Federal e permite que estafetas de ditadores aterrissem no Brasil para esse tipo de doutrinação, como se o País precisasse desses crápulas da política global.

O Palácio do Planalto tentou dificultar até o último instante a viagem dos senadores brasileiros à Venezuela, pois sabia que a reverberação da visita a Caracas, no Congresso Nacional, seria mais uma dose de explosivo na insatisfação popular que varre o País. Sem saída, o governo decidiu intervir junto ao Palácio de Miraflores para que o avião militar brasileiro pudesse pousar em Caracas, o que havia sido negado por Maduro.

O mais estranho nessa ópera bufa patrocinada pelo governo da Venezuela é que o embaixador brasileiro, que deveria dar guarida aos senadores, inexplicavelmente não estava no ônibus que foi cercado por manifestantes favoráveis a Maduro, que na verdade são pagos para promover badernas e agir com violência quando o assunto é enfrentar os opositores. Todos devidamente treinados pelos agentes do serviço secreto cubano, sempre presentes na sede do governo venezuelano.

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