Fogo amigo – Ex-presidente da República e agora lobista de empreiteira, em especial da Odebrecht, Luiz Inácio da Silva, o alarife, entrou em queda livre na opinião pública. Isso porque o mais estrelado dos petistas está sofrendo os efeitos colaterais produzidos pela roubalheira promovida pela “companheirada” e também pelo desarranjo cada vez maior da economia nacional.
Certo de que seu plano de retornar ao Palácio do Planalto em 2018 está sendo comprometido de forma homeopática, Lula decidiu não apenas criticar a presidente Dilma Rousseff, algo que há muito faz nos bastidores, mas mirou sua metralhadora verborrágica na direção dos companheiros de legenda, como se não tivesse responsabilidade pelo caos crescente que se instalou no País, a ponto de levar milhões de cidadãos a desacreditar no futuro.
Ao comentar, nesta terça-feira (23), as mais recentes declarações de Luiz Inácio da Silva, que criticou o governo da presidente Dilma Rousseff e foi a público dizer que o PT só está preocupado em arrumar emprego, o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), afirmou que após “arrumar sua vida” o petista resolveu sair pregando lição de moral.
“É bom até dizer que essa cobrança surge depois que ele conseguiu um tríplex no litoral paulista com ajuda da OAS, do João Vaccari (ex-tesoureiro do PT preso na operação Lava Jato) e da cooperativa dos bancários. Arrumou a vida dele e agora quer cobrar postura dos outros companheiros do PT, inclusive de Dilma, que são suas crias. É preciso compreender que com esse discurso ele quer desviar a atenção da população da pesquisa que está aí e aponta a presidente com apenas 10% de aprovação”, avaliou o líder do PPS.
Para Rubens Bueno, Lula e o PT estão perdidos no cenário político brasileiro. “Esse papo de refundar o PT eu já estou ouvindo há muito tempo. Eles criaram um partido que trazia toda uma proposta de sentimento ético e reformas profundas, mas chegaram ao governo e fizeram a pior de todas as administrações. Se transformaram por completo”, finalizou.
A questão da refundação do Partido dos Trabalhadores é conversa fiada da pior qualidade, pois esse discurso foi utilizado há exatos dez anos por Tarso Genro, que assumiu o comando da legenda depois do escândalo do Mensalão. Tarso Genro não conseguiu levar a promessa adiante, até porque desde então o banditismo político só aumentou no partido. Prova disso é a evolução meteórica do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade.
Não se pode esquecer que Lula é um “animal político” e por isso abusa de maneira premeditada e irresponsável de discursos mentirosos que anestesiam a consciência da parcela incauta da população. O melhor que se pode fazer pelo Brasil, diante do atual cenário, é avançar no processo de sangramento político de Dilma Rousseff, cuja situação deve piorar com as críticas do antecessor. Qualquer medida contrária servirá para oxigenar a esquerda, em especial o PT, que poderá voltar ao poder para promover as mesmas lambanças de agora.
