Justiça da Itália decide, em caráter definitivo, pela extradição de Pizzolato e preocupa petistas

henrique_pizzolato_11Aqui me tens de regresso – Mais alta instância da Justiça da Itália, o Conselho de Estado decidiu na manhã desta quarta-feira (24), em caráter definitivo, pela extradição de Henrique Pizzolato, condenado à prisão no rastro do escândalo de corrupção que ficou conhecido como Mensalão do PT.

A Corte italiana rejeitou o argumento dos advogados de Pizzolato de que o sistema penitenciário brasileiro não oferece condições mínimas de segurança. O governo da presidente Dilma Vana Rousseff tem, a partir da decisão, vinte dias para cumprir a ordem e tirar o mensaleiro do território do país europeu.

Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato deveria ter sido enviado ao Brasil em 15 de junho para cumprir pena de 12 anos e 7 meses de prisão, mas o petista, em ação desesperada, recorreu à Justiça administrativa da Itália na esperança de reverter a decisão.

Em despacho no último dia 15, o magistrado Riccardo Virgilio, presidente da 4ª turma do Conselho de Estado, manteve a suspensão da extradição até o julgamento do recurso, com base na tese “do possível prejuízo irreparável”, na hipótese de o petista ser retornar ao Brasil antes da análise do caso.

Em fevereiro passado, a Corte de Cassação da Itália autorizou a extradição de Pizzolato, referendada pelo governo do primeiro-ministro Matteo Renzi. Desde então, duas operações da Polícia Federal foram montadas para repatriar o petista, interrompidas pelos seguidos recursos da defesa.

A volta de Pizzolato ao Brasil abre mais uma nesga de desespero na cúpula do Partido dos Trabalhadores, não porque eventuais revelações venham a afetar criminalmente a legenda e seus caciques, mas por certo desgastarão ainda mais a imagem dos petistas junto à opinião pública, que quer varrê-los do cenário político nacional.

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