Virou galhofa – Após eliminação nas quartas de final da Copa América, a seleção brasileira foi alvo de análises críticas da imprensa europeia. De acordo com o jornal francês “L’Équipe” e o periódico espanhol “Marca”, o time do técnico Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga tem diversas razões para acreditar que o futuro a curto prazo não será melhor.
O Brasil foi eliminado no último sábado (27), nos pênaltis, em confronto com o Paraguai, que pela segunda vez seguida, na Copa América, repete o feito. Mas este não foi o único fracasso nos últimos anos. Assim, a seleção brasileira vai perdendo prestígio no cenário internacional. A análise dos espanhóis é bem parecida com a dos franceses – e com boa parte dos próprios brasileiros – que veem o time canarinho como “comum” e que já não amedronta até mesmo os adversários mais fracos.
“O Brasil tornou-se um time como qualquer outro, que não coloca medo em rivais até mesmo modestos e tem dificuldades para encontrar soluções humanas e técnicas para se voltar a ser uma das melhores escolas mundiais”, ressalta o “L’Équipe”.
Os franceses afirmam que o fracasso na Copa do Mundo de 2014 ainda apavora jogadores importantes da seleção. A publicação ressalta que, um ano depois, o técnico Dunga ainda não conseguiu controlar os nervos de Thiago Silva e David Luiz. O tacante Neymar – suspenso após a derrota para a Colômbia – mostra a mesma imaturidade ao lidar com situações de pressão.
Os dois jornais apontam que a falta de um camisa 9 para a seleção é um problema grave. O “Marca” destaca que Diego Tardelli e Robinho são soluções “insuficientes para um país acostumado com atacantes únicos que marcaram época, como Pelé, Romário e Ronaldo”.
Com exceção de Neymar, a falta de estrelas também é vista pelos espanhóis como decisiva para um futuro que pouco anima a torcida brasileira. “Coutinho, William ou Douglas Costa não conseguem dar um passo à frente para se apresentarem como alternativas de primeiro nível quando Neymar não está ou tem um dia ruim”, alerta o diário.