Defesa de Anderson Silva afirma que estimulante sexual provocou doping

anderson_silva_04Em cima da hora – A dois dias da primeira audiência na Comissão Atlética de Nevada, entidade responsável por julgar o caso do doping de Anderson Silva, seus defensores negaram o uso consciente dos anabolizantes drostanolona e androsterona. Os advogados afirmaram que o resultado positivo no teste foi causado pela contaminação de suplementos, incluindo um para “melhorar a performance sexual”.

Em um trecho da defesa escrita pelo advogado Michael Alonso, o defensor afirma que Spider estava “usando um medicamento com a finalidade de melhorar o desempenho sexual e testes revelaram que o suplemento estava contaminado com um agente drostanolona”. Alonso ainda relatou na defesa que outro suplemento consumido pelo brasileiro estava contaminado com androsterona.

Por outro lado, o advogado admite que o lutador consumiu ansiolíticos na véspera da luta, por ansiedade e insônia, mas sem o intuito de melhorar sua performance.

Além da possibilidade de contaminação, os advogados de Anderson Silva trabalham em uma segunda linha de defesa que é desqualificar os testes positivos colhidos pelo laboratório Sports Medicine Research and Testing Laboratory (SMRTL), já que em provas realizadas pelo Quest Diagnostics não foi encontrada a presença de nenhum anabolizante.

Assim, com base na inconsistência dos resultados, os advogados encerram o documento pedindo a absolvição do lutador.

No início de fevereiro, poucos dias após vencer Nick Diaz no UFC 183, foi anunciado que Anderson Silva havia testado positivo para os esteroides anabolizantes drostanolona e androsterona em exame antidoping surpresa realizado em janeiro.

Um segundo exame, feito no mesmo mês, não apresentou nenhum traço de substância ilegal. Entretanto, no exame pós-luta, Anderson voltou a testar positivo para anabolizantes e dois ansiolíticos, Oxazepam e Temazepam, remédios geralmente usados para combate da insônia e distúrbios do sono.

Recentemente foi noticiado que um dos testes positivos do Spider apresentou resultados inconsistentes quando analisado por outro laboratório, mas informação não foi comentada pelo lutador, sua equipe, o Ultimate ou a própria Comissão. Aos 40 anos, Anderson Silva tem um cartel profissional de 34 vitórias e seis derrotas. (Danielle Cabral Távora)

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