Sites ajudam a encontrar a galera e o campo para organizar peladas

futebol_23Bola rolando – Para tentar facilitar a vida de quem organiza jogos amadores de futebol, de alguns anos para cá, vem surgindo plataformas online especificamente com essa função.

A mais nova delas é baseada em São Paulo e se chama Fintta. Há mais tempo no mercado, a Webquadras e a Peladeiro.com também oferecem serviços aos boleiros.

Porém, a variedade de funções e a facilidade para utilizá-las variam de acordo com cada uma, por isso é bom conhecê-las antes de optar pela plataforma ideal para suas necessidades futebolísticas.

A participação em todos eles é gratuita. Conheça-os:

Fintta

Em operação desde setembro de 2014, a Fintta atua em três frentes: Pelada, Arena e Competição. Cada uma voltada a diferentes tipos de ajuda. A primeira permite que os usuários procurem e convidem possíveis interessados em bater bola na data e local escolhidos. A pessoa que organiza o jogo (chamada de manager) entra no sistema pelo site ou aplicativo (ela precisa estar cadastrada) e passa a mandar invites para quem deseja que compareça ao jogo. Caso ela pense em chamar alguém que não faça parte da plataforma, enviará para esta um e-mail com convite para o cadastro e a data. O Pelada é o caso mais pontual, uma pessoa já com quadra alugada e horário em mente apenas querendo jogadores para completar.

A alternativa Arena abrange uma necessidade a mais: é para os que não têm campo ainda. A função permite procurar lugares para jogar, seja para os adeptos das quadras, do futebol society ou do futebol de campo. Ele faz a reserva pelo sistema, sem ser necessário ligar para o local escolhido. É um sistema de busca de lugares.

A opção Competição já é bem mais ampla e para quem deseja organizar seus próprios campeonatos. É só acessar o sistema e o usuário verá todas as informações sobre o evento, como resultados, datas de jogos e escalte dos jogadores. Assim, gerir uma competição fica menos maçante para quem se dispõe a organizá-la e mais atrativa para quem joga: os participantes podem acompanhar, pela página da competição na plataforma, seu desempenho no torneio e conferir fotos e vídeos dos jogos, já que o Fintta tem um espaço para postagem.

Por enquanto, só o chamado “manager”, ou seja, o responsável por convidar as pessoas para jogar, pode reservar (e pagar) uma arena. Ele precisa ser reembolsado pessoalmente pelos amigos. Mas, de acordo com Pedro Victor, um dos sócios do Fintta, o objetivo é resolver isso em breve. “Nosso próximo passo é integrarmos as funções pelada e arena. Assim, quem estiver convocado para uma partida vai poder pagar sua parte da reserva de uma arena”, explica Victor. O pagamento é feito, via cartão de crédito, pela própria plataforma. Outro plano para o futuro é que seja possível também que um usuário procure na plataforma jogos no dia em que deseja atuar.

Dono do complexo de campos de futebol society Só 5, em Botafogo, no Rio de Janeiro, François Marot adotou o Fintta há seis meses. “Metade dos nossos clientes já usam a plataforma para marcar jogos e organizar campeonatos”, afirma François, para quem esse tipo de organização é interessante por ser intuitivo e ter funções integradas.

Outro que passou a usar a plataforma é Teco Lauletta, que tem uma missão ingrata: organizar um campeonato de futebol society com 12 times de alunos e ex-alunos da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo. “Antes eu tinha que passar todas as informações do jogo para uma planilha, gastava de 4 a 5 horas para fazer isso. No Fintta, o próprio sistema organiza os dados, a tabela, a artilharia”, explica Teco. “Com isso, sobra mais tempo para, por exemplo, divulgar o que acontece no campeonato, como postar fotos e vídeos das partidas, avisar sobre os próximos jogos.” Por enquanto, a única reclamação de Teco sobre o Fintta é a ausência de um aplicativo para iPhone. É possível acessar o site por aplicativo só para celulares do tipo Android.

Webquadras

O Webquadras já é uma plataforma diferente e voltada para quem é dono das arenas e deseja receber peladeiros. A empresa de Santa Catarina está há dois anos no mercado e tem as Arenas como foco do negócio. Os clientes são os proprietários de quadras, escolinhas de futebol, campos de futebol society e afins.

Além de reservas online, o Webquadras tem à disposição soluções como gerenciamento de usuários, divulgação das arenas e administração de pagamento dos jogos. “Já atendemos 80 clientes em vários estados do Brasil. Nossa ideia é sermos uma ‘mão na roda’ para quem trabalha no ramo, não tem um site e não tempo a perder com detalhes”, diz Willem Engels, proprietário da empresa. “O cliente deixa de gastar horas, por exemplo, atendendo ligações de usuários para agendamento de jogos e pode focar em outras coisas”, diz Engels.

Entre as facilidades oferecidas pelo Webquadras está a possibilidade de reservar e pagar jogos por meio da plataforma. Além disso, o site tem atrativos como, por exemplo, informar o horário em que determinado campo ou quadra está vago para um joguinho. Mas isso depende do plano que o cliente – ou seja, o dono da arena que contratou o Webquadras – contratou. Dependendo da opção adquirida, diferentes ferramentas estarão disponíveis ao público.

Peladeiro.com

Desde 2000, o site oferece serviços para quem quer organizar jogos entre amigos e hoje conta, oficialmente, com 850 mil inscritos no Brasil, Portugal, Canadá e Estados Unidos.
Algumas de suas funcionalidades são parecidas com as do Fintta: os usuários podem organizar encontros, realizar o controle financeiro, confirmar a presença dos amigos, contabilizar a artilharia e trocar informações. É possível ainda personalizar as ferramentas de acordo com as características da pelada. E, claro, reservar os locais para os jogos, mas aí é cobrado uma taxa de 7% sobre o valor pago pelo usuário ao local da “arena”.

“Ter mais gente entrando neste mercado só mostra como ainda existem oportunidades, como ainda é um segmento aquecido apesar da crise”, diz Felipe Nascimento, fundados do Peladeiro.com. Para ele, o fato da plataforma continuar crescendo apesar da economia ir mal mostra que “as pessoas podem abrir mão de muita coisa em tempos de crise, mas não de bater uma bolinha”. Sobre os iniciantes, apesar das oportunidades, ele alerta: “já vi muita empresa entrando e saindo do mercado durante este tempo em que estou no ramo”. (Danielle Cabral Távora)

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